TEBET NO JN

Simone Tebet: “Bolsonaro não quis votar reforma tributária sobre o consumo”

Candidata do MDB disse no Jornal Nacional que pobres deixam metade dos seus rendimentos no supermercado e precisam da reforma; ela ainda defendeu maiores taxações sobre mais mais ricos

Simone Tebet (MDB) no Jornal Nacional em 26 de agosto de 2022.Créditos: Reprodução / TV Globo
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A candidata Simone Tebet (MDB) foi a quarta presidenciável a visitar o Jornal Nacional e encarou a sabatina de William Bonner e Renata Vasconcellos na noite desta sexta-feira (26). Em pergunta sobre reforma tributária e imposto de renda, a emedebista aproveitou para falar dos impostos sobre o consumo, pauta caríssima à população mais pobre, e atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL) que impediu julgamento de projeto sobre o tema.

“Nós temos três reformas tributárias importantes para o Brasil, mas a mais importante é a reforma [dos impostos] sobre o consumo. Quem mais paga imposto no Brasil é o pobre, e é quem mais consome proporcionalmente à renda (..) O pobre deixa metade ou mais da metade do salário dele no supermercado. A reforma tributária mais emergencial, que está pronta pra ser votada no Congresso Nacional e só não foi votada porque o presidente não quis, é essa. Temos o apoio de todos os governadores e, por isso, se eu for eleita é possível que seja votada em até seis meses”, afirmou Tebet. A proposta ainda visa a devolução dos impostos sobre o consumo no cartão do CadÚnico.

Sobre a tabela do Imposto de Renda, Tebet pretende garantir “mais espaço para a classe média”. Em outras palavras, seu governo deve buscar ampliar ao máximo a faixa de isentos. “Pra isso só tem um caminho, que é pedir para os mais ricos. Sou a favor da taxação de lucros e dividendos”, explicou.

De acordo com a candidata, conforme for possível ir arrecadando maisa partir da taxação dos mais ricos, a tabela do Imposto de Renda vai ficando mais branda e abrangendo faixas cada maiores da classe média. “É a Lei Robin Hood, mas não vamos roubar ninguém. Vamos pedir a eles [mais ricos] que contribuam minimamente para um país que é um dos mais ricos do mundo com o povo mais pobre”, finalizou.