Após ser aconselhado por integrantes de sua campanha e dar sinalizações de que não vai ao debate entre presidenciáveis promovido por um pool de veículos liderados pela rede Bandeirantes, no próximo domingo (28), Jair Bolsonaro (PL) voltou atrás e disse, nesta sexta-feira (26), que agora "acha" que deve ir.
Em entrevista à Jovem Pan, o próprio presidente afirmou que antes "achava que não devia ir". A mudança de postura vem logo após a entrevista de Lula (PT), seu principal adversário na corrida presidencial, ao Jornal Nacional, da Globo, que gerou forte repercussão positiva para o petista.
"Devo estar domingo. Não estou batendo o martelo. Num momento achava que não devia ir, agora acho que devo ir. Mas vou ser fuzilado, né? Vão atirar em mim o tempo todo porque sou um alvo compensador pra eles. Mas acredito que minha estratégia vai dar certo porque, as perguntas, já me preparei como fazê-las. E as respostas vão ser simples. No tocante a responder, não devo nada... Então é tranquilo responder", declarou Bolsonaro.
Caso o mandatário volte atrás novamente e desista de ir, Lula também não deve comparecer, já que espera a confrontação direta com o atual presidente numa antecipação de um eventual segundo turno.
Coordenadores da campanha de Bolsonaro temem que a presença dele em debates - e até mesmo em entrevistas e atos públicos onde seja exposto ao contraditório - tenham efeito na campanha e derrubem as oscilações positivas que o presidente tem tido nas pesquisas eleitorais.