ELEIÇÕES 2022

Dono do Coco Bambu coagia sócios a darem dinheiro para campanha de Bolsonaro

Afrânio Barreira Filho, golpista investigado pela PF, reagia com emojis de armas àqueles que contestavam. Empresário ainda obrigou sócios a comprarem vinho “Bolsonaro – Il Mito”, vendido a até R$ 130 na rede.

Afrânio Barreira, dono do Coco Bambu, e a esposa, Daniela, com Bolsonaro no Planalto.Créditos: Divulgação / Isac Nóbrega PR
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Reportagem de Luís Costa Pinto, no site Plataforma Brasília, informa que o dono da rede de restaurantes Coco Bambu, Afrânio Barreira Filho, constrangia sócios das 64 franquias a financiarem a campanha de Jair Bolsonaro (PL), segundo informações que constam no WhatsApp do empresário a que a Polícia Federal (PF) teve acesso após apreender o celular.

Em trocas de mensagens, Barreira Filho - que detém 70% das lojas - forçava os 164 sócios-trabalhadores, que detém ações das unidades, a darem entre R$ 3 mil a R$ 5 mil à campanha de Bolsonaro.

"Só há duas mulheres no grupo, pois é proverbial e histórica a misoginia do “empresário” cearense. Ele exigia o envio, para o grupo de whatsapp, de comprovantes da contribuição eleitoral sob pena de punir os sócios na distribuição de lucros futura", diz o texto de Luis Costa Pinto, afirmando que as informações agora estão nas mãos da PF e procuradores liderados pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Aos sócios que contestavam a coação, o empresário reagia com emojis de armas.

Além disso, Barreira Filho também teria obrigado os sócios a comprarem lotes do vinho “Bolsonaro – Il Mito”, que ele manda produzir em uma vinícola chilena.

A garrafa do vinho, do tipo Camenére, seria vendido por um valor entre R$ 110 e R$ 130 no cardápio da rede de restaurantes. Vinho similar, com a mesma uva, pode ser encontrado por cerca de R$ 30 em supermercados.

Leia a reportagem completa de Luís Costa Pinto no site Plataforma Brasília