O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a propagar sua famosa teoria conspiratória de que as urnas eletrônicas foram fraudadas em 2018 nesta sexta-feira, para apoiadores, no famoso ‘cercadinho do Planalto’.
“Esqueçam a facada. Em 2018 eu era racista, homofóbico, fascista, misógino e tinha toda a imprensa contra. Só cheguei graças ao voto de muitos de vocês”, disse Bolsonaro aos apoiadores, reforçando a narrativa messiânica de que “Deus escolhe as coisas tortas” que começou a ser explorada por sua campanha junto ao público evangélico. Na sequência, ainda na mesma fala sobre a quantidade de votos que o elegeu em 2018, ele dispara: “O possivelmente desviado não foi suficiente para o PT voltar”.
Não passaram nem três dias desde a posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde sua fala a respeito da lisura do processo eleitoral recebeu aplausos de 40 segundos de todos os presentes, menos de Bolsonaro. O presidente permaneceu imóvel naqueles segundos, com cara de poucos amigos, aparentemente chorando, e viralizou nas redes sociais.
Dois dias depois, na última quinta (18), saiu mais uma pesquisa Datafolha na qual Lula (PT) segue liderando com 47% das intenções de voto para o primeiro turno, que, se computados como votos válidos, podem chegar a 51%. É bem verdade que Bolsonaro ganhou alguns eleitores entre essa pesquisa e a anterior, mas não passou de uma recuperação de votos perdidos anteriormente e não é o suficiente para pensar em vitória. Em um virtual segundo turno, a diferença para os dois candidatos é de 17 pontos percentuais.