Pesquisa Genial/Quaest realizada entre os dias 11 e 14 de agosto, divulgada nesta quarta-feira (17), mostra que a estratégia desesperada de Jair Bolsonaro (PL) de turbinar ações sociais às vésperas da eleição para conquistar eleitores deu chabu.
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O aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 - que começou a ser pago no dia 9 - e os vouchers para taxistas e caminhoneiros são vistos por 62% dos eleitores como "medidas econômicas do governo para ajudar a eleição de Bolsonaro". Apenas 33%, que se concentram principalmente entre aqueles que já declaram voto no presidente, dizem que os benefícios são para "ajudar as pessoas".
Entre aqueles que declaram voto em Bolsonaro, 70% dizem que é para ajudar as pessoas - outros 25% admitem que são para a disputa presidencial. Entre os que votam em Lula (PT), 84% afirmam que as medidas são eleitoreiras e somente 10% acreditam que é para ajudar as pessoas.
O impacto é semelhante entre aqueles que não declaram voto em nenhum dos dois candidatos - e são alvos das medidas de Bolsonaro para virar voto: 82% dizem que o presidente tomou as iniciativas para ajudar na eleição e 16% para auxiliar as pessoas.
Lula cresce entre beneficiários
A percepção dos brasileiros de que são apenas medidas eleitoreiras reflete diretamente na intenção de votos. Lula (PT) cresceu 5 pontos entre os beneficiários do Auxílio Brasil, mostrando que as pessoas mais pobres que estão recebendo o dinheiro sabem que o aumento não passa de estratégia eleitoral de Bolsonaro, que oscilou dois pontos para menos nesse nicho eleitoral.
Entre a pesquisa divulgada no dia 3 de agosto e a atual, Lula foi de 52% para 57% das intenções de votos entre os eleitores que recebem o auxílio. O atual presidente oscilou de 29% para 27%. Outros 6% declaram votos nos demais candidatos e 9% estão indecisos ou votam branco ou nulo.
Entre os que não recebem o benefício, Lula oscilou de 41% para 40% e Bolsonaro foi de 34% para 37%.
O levantamento ouviu 2.000 pessoas de forma presencial em 120 municípios das cinco regiões do País entre os dias 11 e 14/ago. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%. Pesquisa registrada BR-01167/22.
Leia a pesquisa na íntegra