O governo de Jair Bolsonaro (PL) continua tensionando a relação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desta vez, o Ministério da Defesa pediu à Corte a inclusão de nada menos do que nove militares para inspecionar as urnas eletrônicas nas eleições de outubro.
Quem assina a solicitação é o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
A iniciativa é mais um capítulo dos ataques frequentes de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro.
No documento encaminhado ao TSE, o ministro, para justificar a solicitação, afirma que os militares indicados têm conhecimento em linguagem de programação e podem atuar em apoio à Equipe das Forças Armadas de Fiscalização e Auditoria do Sistema Eletrônico de Votação, de acordo com o G1.
Veja quem são os militares indicados:
Major Diego Bonato Langer (Força Aérea);
Capitão Davison Silva Santos (Força Aérea);
Primeiro-tenente Fernando Mascagna Bittencourt Lima (Marinha);
Primeiro-tenente Rafael Coffi Tonon (Marinha);
Primeiro-tenente Gabriel Heleno Gonçalves da Silva (Marinha);
Primeiro-tenente Lincoln de Queiroz Vieira (Exército);
Primeiro-tenente Gabriel Bozza (Exército);
Primeiro-tenente Yuri Rodrigues Fialho (Exército);
Primeiro-sargento David de Souza França (Força Aérea).
Fachin expulsa militar de comissão por divulgar fake news pró-Bolsonaro
No início desta semana, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, comunicou ao ministro da Defesa a expulsão do coronel Ricardo Sant'Anna, chefe da Divisão de Sistemas de Segurança e Cibernética da Informação do Exército Brasileiro, da Comissão de Fiscalização da Corte.
No ofício, o TSE informa que o militar está sendo expulso por divulgar fake news ecoando o discurso de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas nas redes sociais.
"Conquanto partidos e agentes políticos tenham o direito de atuar como fiscais, a posição de avaliador da conformidade de sistemas e equipamentos não deve ser ocupada por aqueles que negam prima facie o sistema eleitoral brasileiro e circulam desinformação a seu respeito. Tais condutas, para além de sofrer reprimendas normativas, têm sido coibidas pelo TSE através de reiterados precedentes jurisprudenciais", diz Fachin no ofício.