ELEIÇÕES 2022

Ministério da Defesa quer incluir mais nove militares para fiscalizar urnas

O ofício, assinado pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi encaminhado ao TSE

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ministro da Defesa.Créditos: Fabio Pozzebom/Agência Brasil
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O governo de Jair Bolsonaro (PL) continua tensionando a relação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desta vez, o Ministério da Defesa pediu à Corte a inclusão de nada menos do que nove militares para inspecionar as urnas eletrônicas nas eleições de outubro.

Quem assina a solicitação é o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

A iniciativa é mais um capítulo dos ataques frequentes de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro.

No documento encaminhado ao TSE, o ministro, para justificar a solicitação, afirma que os militares indicados têm conhecimento em linguagem de programação e podem atuar em apoio à Equipe das Forças Armadas de Fiscalização e Auditoria do Sistema Eletrônico de Votação, de acordo com o G1.

Veja quem são os militares indicados:

Major Diego Bonato Langer (Força Aérea);

Capitão Davison Silva Santos (Força Aérea);

Primeiro-tenente Fernando Mascagna Bittencourt Lima (Marinha);

Primeiro-tenente Rafael Coffi Tonon (Marinha);

Primeiro-tenente Gabriel Heleno Gonçalves da Silva (Marinha);

Primeiro-tenente Lincoln de Queiroz Vieira (Exército);

Primeiro-tenente Gabriel Bozza (Exército);

Primeiro-tenente Yuri Rodrigues Fialho (Exército);

Primeiro-sargento David de Souza França (Força Aérea).

Fachin expulsa militar de comissão por divulgar fake news pró-Bolsonaro

No início desta semana, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, comunicou ao ministro da Defesa a expulsão do coronel Ricardo Sant'Anna, chefe da Divisão de Sistemas de Segurança e Cibernética da Informação do Exército Brasileiro, da Comissão de Fiscalização da Corte.

No ofício, o TSE informa que o militar está sendo expulso por divulgar fake news ecoando o discurso de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas nas redes sociais.

"Conquanto partidos e agentes políticos tenham o direito de atuar como fiscais, a posição de avaliador da conformidade de sistemas e equipamentos não deve ser ocupada por aqueles que negam prima facie o sistema eleitoral brasileiro e circulam desinformação a seu respeito. Tais condutas, para além de sofrer reprimendas normativas, têm sido coibidas pelo TSE através de reiterados precedentes jurisprudenciais", diz Fachin no ofício.