Em evento promovido pela Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) nesta quarta-feira (10), Jair Bolsonaro (PL) voltou a apelar para a religiosidade para justificar sua política de armamento da população.
À plateia formada por ruralistas, o presidente incitou as pessoas a comprarem armas porque, segundo ele, "está na Bíblia".
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"Comprem suas armas. Isso também está na Bíblia, lá no Pedrão: venda suas capas e compre suas espadas. Nós somos cordeiros, não queremos ser lobo também, mas não queremos ser cordeiro de dois ou três. Vamos dizer que nossa liberdade não tem limites. Não tem papinho de fake news", afirmou, em mais um ataque aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Sou o chefe da nação e não vou chegar a 2023 ou 2024 e dizer ‘o que eu não fiz lá atrás para o Brasil chegar nesta situação’. Que isso custe a minha vida. Nós somos a maioria, somos pessoas de bem. Nós de verdade trabalhamos. Não vamos perder para narrativas, para três ou quatro que assumiram cargos e se acham deuses”, disse.
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Após desdenhar do sistema de votação e a corte eleitoral por "não aceitar sugestões que eles pediram, que convidaram" - em referência ao convite e às exigências das Forças Armadas, que agem a mando dele próprio -, Bolsonaro voltou seu discurso de ódio a Lula e à carta em defesa da democracia, que já foi assinado por mais de 852 mil pessoas.
"Vimos agora há pouco uma cartinha em defesa da democracia. Olha quem assinou a carta. O último que assinou é um cara que vive de amores e beijos — ou vivia, porque alguns já morreram —, com Fidel Castro, Chaves, Evo Morales, Lugo , entre outros", disse.
Sem muitos argumentos, Bolsonaro voltou a classificar Lula como "bêbado" ecoando o discurso para incitar apoiadores radicais.
"O cara já retirou do programa de governo dele. Malandro como sempre, sem caráter, bêbado que quer dirigir o Brasil"