ELEIÇÕES 2022

Banqueiros abandonam Bolsonaro e assinam manifesto em defesa da democracia

Febraban endossa documento “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, encaminhado pela Fiesp, e muda o rumo do posicionamento dos banqueiros nas eleições 2022

Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes.Créditos: Wilson Dias/Agência Brasil
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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou, nesta quarta-feira (27), uma nota para comunicar a decisão de endossar o documento “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, encaminhado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A iniciativa representa uma mudança radical no rumo do posicionamento dos banqueiros, que abandonam a postura golpista de Jair Bolsonaro (PL) há poucos meses das eleições, deixando o atual presidente mais isolado ainda. A decisão sinaliza para um possível apoio ao ex-presidente Lula (PT).

“A Federação Brasileira de Bancos (Febraban, no âmbito de sua governança interna, por maioria, deliberou por subscrever documento encaminhado à entidade pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, diz a nota.

O manifesto apartidário foi encaminhado pela Fiesp, que tem na sua presidência o empresário Josué Gomes, filho de José Alencar, que foi vice-presidente nas gestões de Lula. 

Fiesp muda de postura e aponta democracia como "elemento de segurança jurídica"

A Fiesp que, sob a presidência de Paulo Skaf defendeu o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), agora, sob o comando de Josué Gomes, pede aos candidatos à presidência da República a defesa da democracia e do Estado de direito

No documento, a entidade afirma que "a estabilidade democrática e o respeito ao estado de direito são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios". 

A Fiesp destaca, também, que "dentre todos os elementos de segurança jurídica, ressaltam-se, com maior ênfase, o compromisso com a democracia, o estado de direito e a solidariedade social às principais vítimas das crises econômicas e institucionais".