As denúncias de assédio sexual na Caixa Econômica Federal (CEF) causaram mais uma baixa. Após o até então presidente do banco estatal Pedro Guimarães pedir demissão, um dos vice-presidentes da instituição, Celso Leonardo Barbosa, que também é citado nas denúncias, teve sua carta de renúncia aceita na noite desta sexta-feira (1) pelo Conselho de Administração.
Barbosa não era funcionário de carreira do banco e foi levado ao posto de vice-presidente por Guimarães. O nome dele já criou cisão entre o presidente da Caixa e o Centrão. Guimarães sempre disse que ele seria seu sucessor.
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Além de ter sido citado nas denúncias de assédio sexual encaminhadas por servidoras do banco ao Ministério Público Federal (MPF), Barbosa foi denunciado pelas funcionárias na ouvidoria da Caixa.
O agora ex-vice presidente do banco nega as acusações. Segundo o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, Barbosa fez um discurso de despedida à sua equipe em que chegou a chorar.
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Denúncias contra Pedro Guimarães
Pedro Guimarães está sendo acusado de assédio sexual por várias funcionárias do banco público. Após se unirem e denunciarem a suposta conduta do chefe máximo da instituição às autoridades, no final do ano passado, o caso está agora nas mãos do Ministério Público Federal (MPF), que o investiga sob sigilo.
Bolsonarista convicto, o que o fez ganhar proximidade com o núcleo central do poder em Brasília, o carioca Pedro Guimarães era um economista com longa carreira em instituições financeiras privadas, até o convite de Jair Bolsonaro, logo após sua eleição, para assumir o gigante estatal de 161 anos, fundado ainda no Império. De lá para cá, Guimarães está cada vez mais presente nas cerimônias, compromissos e transmissões ao vivo pela internet do presidente, que utilizou sua figura especialmente no período da pandemia, por conta dos auxílios pagos pela Caixa aos brasileiros.
Os casos de assédio teriam ocorrido em situações em que funcionárias viajavam com Pedro Guimarães por determinação dele. As depoentes dizem que chamar mulheres que despertavam interesse no presidente da Caixa para ir a vários lugares do Brasil, supostamente a trabalho, era uma conduta cotidiana na agenda do bolsonarista.
Confira relatos de servidoras sobre os supostos assédios de Guimarães aqui.