Em nota conjunta divulgada nesta segunda-feira (18), os clubes militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, administrado e frequentado preponderantemente por militares da reserva, iniciaram uma campanha contra a abstenção eleitoral no pleito deste anos.
Aliados de Jair Bolsonaro, os generais de pijama - como são chamados por estarem fora da ativa - dizem que o voto é "um direito básico" e que "a abstenção de um direito tão caro à sociedade configura grave acinte ao próprio estamento democrático, por desprezar o exercício da cidadania".
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"Em ambiente de forte polarização, a decepção com a política, por razões diversas, conduz naturalmente à acomodação, caminho aberto para altos índices de abstenção, tal como ocorreu em países amigos da Europa e América Latina, acarretando a vitória de candidatos cuja legitimidade, questionável futuramente, pode colocar em risco a governabilidade, prejudicar conquistas econômicas e sociais importantes e conduzir a nação a um destino catastrófico", diz o texto.
O medo de Bolsonaro e dos generais é que caso o alto índice de não comparecimento às urnas registrado em 2020 - de 29,5% - se repita, o vencedor precisará de menos votos válidos para se eleger. Isso facilita uma eventual vitória de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de votos, no primeiro turno.
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Além dessa questão, boa parte do eleitorado que votou em Bolsonaro em 2018 está decepcionado e prefere não votar a ter que decidir entre o presidente e Lula.
Na nota, os generais de pijama ignoram os ataques de Bolsonaro e pregam que, ao votar, o eleitor "contribua para o salutar aprimoramento da nossa democracia".
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