Jair Bolsonaro (PL) nomeou o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, para fazer parte do conselho da hidrelétrica Itaipu Binacional. Na nova função, ele receberá salários mensais de R$ 25 mil para participar de reuniões que são realizadas a cada dois meses. O mandato vai até 16 de maio de 2024.
Sachsida ocupará a vaga que era de Rodrigo Limp, atual presidente da Eletrobras, que pediu exoneração. A nomeação de Sachsida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (18).
O atual ministro de Minas e Energia trabalhou na campanha de Bolsonaro em 2018 e fez parte, inicialmente, da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Ele foi levado ao ministério em maio de 2022, em meio à pressão do Planalto para uma redução no preço dos combustíveis.
Privatista, Sachsida chegou ao ministério dizendo que iria desestatizar a Petrobras
Sachsida parece ter sido feito de encomenda para o governo de Bolsonaro. Ex-membro do Movimento Brasil Livre (MBL) e um dos braços direitos de Paulo Guedes, chegou avisando o impossível: que iria desestatizar a Petrobras nesses poucos meses de governo que restam.
A folha corrida de Sachsida é extensa. Ele já foi retirado à força de uma galeria no Congresso Federal pela Polícia Legislativa em 2014, durante um protesto. Na época, ele era servidor público do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e estava entre cerca de 50 manifestantes que acabaram por interromper a sessão aos urros de "fora PT", "o PT roubou" e "vá para Cuba".
Algumas das frases que andou soltando ao longo da vida são de fazer corar o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Em vídeos publicados entre 2016 e 2017 em seu canal no YouTube, Sachsida critica a licença-maternidade de seis meses, defende a flexibilização das leis trabalhistas e sugere que o Partido Nazista alemão, de Adolf Hitler, era de esquerda.
De acordo com o jornalista Kennedy Alencar, ele é "machista e burro. É alguém que não tem condição de ser ministro de Minas e Energia de um país importante como o Brasil".