O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, divulgou um vídeo para repudiar o ataque bolsonarista que ele e militantes de esquerda sofreram, ao realizarem uma caminhada, na manhã deste sábado (16), no bairro da Tijuca.
O apoiador de Jair Bolsonaro (PL), deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB-RJ), o mesmo que quebrou a placa em homenagem a Marielle Franco em 2018, juntamente com apoiadores armados, fizeram uma ação de coação, agredindo militantes que acompanhavam Freixo em ato que estava agendado na Praça Saens Pena.
“Neste sábado pela manhã eu estive com diversos pré-candidatos na praça Saens Pena, na Tijuca. Fomos visitar uma feira de artesanato tradicional, que a gente sempre está ali. Conversar com os feirantes, com os barraqueiros, com os artistas sobre o Rio de Janeiro”, disse Freixo.
“Fomos surpreendidos por um deputado, ligado ao governador Cláudio Castro e ligado ao presidente Jair Bolsonaro. Ele estava acompanhado de dez marginais armados, que foram para cima das pessoas, crianças, mulheres, idosos, com muita violência, ameaçando e dizendo que ali não era lugar para que a gente estivesse”, destacou o deputado.
Freixo ressaltou que o Rio de Janeiro não precisa dessa violência estimulada por Bolsonaro. “O Rio precisa de paz. O Rio precisa de união. O Rio precisa de diálogo. As pessoas querem trabalhar, querem prosperar, querem ter sossego”.
“A política não pode oferecer violência. A política tem que oferecer diálogo e solução. É lamentável que isso tenha acontecido”, declarou o deputado.
“A gente já encaminhou todos os boletins de ocorrência para a Justiça Eleitoral. A gente tem certeza que as medidas corretas serão tomadas. Por um Rio de união e de diálogo”, finalizou Freixo.
"A turma do Rodrigo Amorim chegou fazendo questão de falar que estava armada", diz Elika Takimoto
Em vídeo divulgado no Instagram de Elika Takimoto, pré-candidata a deputada estadual pelo PT do Rio, Amorim surgiu com um grupo de apoiadores empurrando e fazendo ameaças aos militantes da candidatura Freixo, que deixou o local para evitar confusão.
"A gente estava pacificamente caminhando com o Freixo - a agenda foi divulgada publicamente - e a turma do Rodrigo Amorim chegou armada, fazendo questão de falar que eles estavam armados, gritando com aquela postura miliciana, xingando: maconheiro, Lula ladrão... coagindo a gente. O Freixo se retirou para não causar confusão", disse à Fórum.
Elika, que divulgou imagens da coação nas redes confirmou que o grupo pró-Freixo fez denúncias na polícia e na Justiça Eleitoral e lamentou que o caso ocorra dias após o assassinato de Marcelo Arruda pelo policial bolsonarista Jorge José Guaranho em Foz do Iguaçu, no Paraná.