A extinta operação Lava Jato vai ganhar um museu. A iniciativa é encabeçada por juristas, jornalistas e historiadores críticos da operação e será inaugurada no dia 1º de agosto, dia em que o ex-juiz Sergio Moro completa 50 anos de idade. Segundo os organizadores, a foi mera coincidência.
Ao tomarem conhecimento da coincidência da data, os organizadores tentaram antecipara a inauguração para o dia 12 de julho, data em que se deu a primeira condenação do ex-presidente Lula na Lava Jato.
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Porém, segundo informações da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, os organizadores do Museu da Lava Jato não tiveram tempo hábil para organizar todo o acervo de imagens coletados da Vigília Lula Livre, realizada em frente à Superintendência da Polícia Federal no Paraná. De acordo com os organizadores do espaço, há três terabites de arquivos digitalizados.
Inicialmente o Museu da Lava Jato terá uma sede fixa em Curitiba, em 2023. Mas, estão sendo organizadas exposições itinerantes em várias regiões do Brasil. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC já manifestou interesse por receber uma dessas mostras.
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À Folha, o idealizador do Museu da Lava Jato, o advogado Wilson Ramos Filho, afirmou que a iniciativa "custa muito pouco e fará muito barulho, pois a extrema direita não vai aceitar quietinha".
O Museu da Lava Jata conta com um acervo jurídico e jornalístico, um núcleo sobre lawfare (uso da lei para perseguição política) e um memorial em homenagem à vigília que acompanhou Lula durante os 580 dias em que esteve preso.
Além de seu caráter histórico/crítico, o Museu da Lava Jato também vai enveredar pela área da pesquisa acadêmica e oferecer duas bolsas de mestrado e seis bolsas de iniciação cientifica para pesquisadores que tiverem interesse em se debruçar sobre a base de dados do Museu da Lava Jato. A pesquisa será coordenada pelo ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) José Henrique de Faria.
Com informações da Folha de S. Paulo.