Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), defendeu o Judiciário, as instituições e o estado democrático de direito. Ele se reuniu, em São Paulo, com representantes de dois conselhos superiores da entidade.
O encontro teve as presenças de políticos, como Michel Temer (MDB), que comanda um dos conselhos, e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com reportagem de Danielle Brant e Ranier Bragon, na Folha de S.Paulo.
Com isso, Josué sinaliza que o comanda da entidade não se alinhará às tentativas golpistas do governo de Jair Bolsonaro (PL), especialmente quando o presidente ataca o sistema eleitoral brasileiro e ministros do STF.
Durante entrevista neste domingo (26), Bolsonaro voltou a flertar com o golpismo. Porém, afirmou qual seria o resultado prático de uma ruptura democrática. “Você pode ser herói por dois ou três dias, mas depois a conta chega”.
Josué é filho de José Alencar, que foi vice-presidente da República nas gestões do ex-presidente Lula (PT). O comandante da entidade chegou a ser cotado para ser vice na chapa do petista antes da definição do nome de Geraldo Alckmin (PSB).
Antecessor de Josué, bolsonarista Skaf aderiu ao impeachment de Dilma
O posicionamento do atual presidente da Fiesp é o oposto de como seu antecessor agia. Bolsonarista, Paulo Skaf chegou, inclusive, a comandar a campanha “Não vou pagar o pato”, que tinha como símbolo um pato amarelo inflável, e fez a entidade aderir ao impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016.