O presidente Jair Bolsonaro (PL) requentou uma ameaça golpista feita pela Associação Nacional dos Militares Estaduais do Brasil (Amebrasil) em agosto do ano passado. O mandatário compartilhou em um grupo do WhatsApp neste sábado (25) uma imagem que faz referência à nota publicada pelo grupo no ano passado.
Segundo a coluna do Lauro Jardim, no Globo, a mensagem compartilhada por Bolsonaro diz o seguinte: "Polícia Militar seguirá Exército em caso de ruptura institucional, informa Amebrasil. Em nota assinada pelo presidente da ssociação Nacional dos Militares Estaduais do Brasil (Amebrasil), coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, da Polícia Militar do Distrito Federal, a associação afirma que compete às polícias “a segurança e a ordem pública, conforme mandamento da Constituição Federal em seu Artigo 144” e que seguirá o Exército caso aconteça uma ruptura institucional no país".
A nota da Amebrasil foi divulgada logo após o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidir afastar o coronel da ativa Aleksander Lacerda da Polícia Militar de São Paulo. O coronel havia divulgado um vídeo convocando policiais de São Paulo para a manifestação golpista do dia 7 de setembro de 2021, em apoio a Bolsonaro.
Na ocasião, os bolsonaristas afrontaram o Judiciário e se mobilizaram para dar um golpe, que acabou não ocorrendo.
O resgate do discurso golpista acontece após a revelação de divulgação de áudios do ex-ministro Milton Ribeiro e da esposa dele, Myriam Ribeiro, que indicam que Bolsonaro vazou informações sigilosas da Polícia Federal para o ex-titular do Ministério da Educação.