AGROTÓXICOS

"Bayer é veneno": MST faz protestos contra agrotóxicos na sede da empresa

Mobilização reuniu mais de 100 jovens assentados na sede da Bayer em SP

Juventude do MST protesta contra a Bayer na sede da empresa.Créditos: MST
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou um protesto nesta sexta-feira (10) na sede da empresa química Bayer em Jacareí (SP) contra a produção de agrotóxicos. No escracho, o movimento denunciou que, no Brasil, pelo menos uma pessoa morre de envenenamento por agrotóxico a cada dois dias e cerca de 20% das mortes são de crianças e jovens até 19 anos.

"A ação de hoje expressa a força e a capacidade organizativa da juventude em torno da nossa pauta da Reforma Agrária Popular e também o intuito de denunciar os crimes ambientais do agronegócio e as mortes cometidas por envenenamento pelos agrotóxicos produzidos dentro dessa empresa. E tudo isso é reflexo de um longo processo formativo que o MST proporciona a juventude e que foi intensificado ainda mais nessa última semana com a nossa 13ª Jornada Nacional da Juventude Sem Terra”, disse Maurício Arante, do Coletivo Juventude Sem Terra, organizador do ato.

Cerca de 100 jovens assentados participaram da mobilização que promoveu uma ação direta com pichações na sede da Bayer, queimou pneus e colocou um inflável em formato de caveira na porta da empresa. 

"Bayer é Veneno", "Bayer crime organizado" e "Bayer é morte" foram algumas das palavras de ordem dos manifestantes.

Segundo o MST, o líder de vendas da empresa, Rundap - herbicida preparado à base de glifosato - já tem seu grau de risco à saúde humana e ambiental comprovados, como mostram estudos realizados.

Essa ação teve como objetivo também denunciar o descaso do governo Jair Bolsonaro com a precarização da vida no Brasil. 

O governo liberou 1.629 novos agrotóxicos. Só na última semana, foram 67 novos registros, todos com toxicidade classificada como “alto” ou “muito alto”. Essa semana também foi divulgado o relatório do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II VIGISAN), que apontou que atualmente 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil.