ELEIÇÕES 2022

Agora vai? Moro agenda entrevista para falar de futuro político

Com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, Sergio Moro deve disputar algum cargo político pelo estado do Paraná

Agora vai? Moro agenda entrevista para falar de futuro político.Créditos: Lula Marques
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Após ter o seu registro de domicílio eleitoral em São Paulo barrado pelo Tribunal Regional de São Paulo (TRE-SP), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) anunciou para a próxima terça-feira (14), às 11h, para anunciar o seu futuro político. 

Na coletiva, o ex-juiz estará acompanhado de lideranças do União Brasil, tais como Luciano Bivar, presidente nacional da legenda e pré-candidato à presidência, Antônio Rueda e do deputado Felipe Francischini (União Brasil-PR). 

Quando o TRE-SP divulgou o resultado de seu julgamento, que barrou a transferência do domicílio do ex-juiz para São Paulo, Moro declarou estar "surpreso". 

Após a decisão do TRE, a melancolia se abateu sobre os apoiadores de Moro, entre eles, Chico Grazianno, que já lançou a campanha "Moro 2026). 


"Moro 'coxinha' foi mexer na mortadela e se deu mal", diz deputado responsável por ação no TRE contra o ex-juiz

 

Em entrevista ao Fórum Café desta quarta-feira (08) o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), responsável pela ação que questionou a mudança de domicílio eleitoral do ex-juiz Sergio Moro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), afirma que a decisão foi importante e que Moro é uma pessoa que se acha “acima da lei” e que “desdenha da democracia”. 

“A justiça foi feita, porque Moro estava desdenhando da democracia brasileira e do povo que vive no estado de São Paulo. Moro chegou a desdenhar tanto que, quando ele foi entrevistado e perguntaram para ele 'por que você vai se candidatar por São Paulo?', 'Por que São Paulo é o meu ponto de passagem'. São Paulo para ele sempre foi um ponto de passagem”, disse Padilha. 

Posteriormente, Padilha analisou as justificativas risíveis de Sergio Moro sobre a sua mudança de endereço eleitoral.  “Ele disse que o vínculo dele com São Paulo é porque Maringá foi colonizada por paulistas. A outra justificativa dele é que ele recebeu a Honra ao mérito do Ipiranga pelo João Doria (ex-governador de São Paulo), os dois se abraçaram, Moro e Doria se afundando. Mas eu mostrei na peça jurídica que o Jimmy Carter (ex-presidente dos EUA), o Rei Juan Carlos (monarca da Espanha) da Espanha recebeu a mesma homenagem e nenhum deles saiu candidato pelo estado de São Paulo”, afirma Padilha. 

Para Alexandre Padilha, a figura de Sergio Moro, que tinha certeza de que seria ungido à candidato da presidência da República, se apequena a cada dia que passa. “Para mim está muito claro o quanto que o ex-juiz Moro fica cada vez menor: ele achava que seria ungido a candidato a presidente da República, se filiou no Podemos. Ele assumiu em fevereiro desse ano a vice-presidência do Podemos no Paraná, ou seja, demarcando que a atuação política dele seria no Paraná. A tentativa da candidatura dele foi fiasco, foi mais um passo em demonstração ao quão pequeno ele é”, analisa. 

Por fim, Padilha afirma que derrotar Moro nesta ação no TRE foi importante, pois, “ele se acha acima da lei. Ele se achava acima da lei na condição de ex-juiz. Julgou o presidente Lula acima da lei, foi questionado pelo STF, quando ministro da Justiça ele também tomou atitudes acima da lei. Quer se jogador? Desce para o play e vem seguir as regras, mas ele quis criar uma regra própria. Essa turma da Lava Jato se achava acima da lei. Moro, foi mexer na mortadela, se deu mal, você que é coxinha, foi mexer na mortadela, se deu mal”, ironiza Alexandre Padilha. 

 

Com informações d'O Antagonista