Segunda empresa que mais venceu licitações na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, a Codevasf, a empreiteira maranhense Construservice tem como sócios duas pessoas que, em 2015, já haviam declarado em investigação policial que eram usadas como laranjas.
Segundo reportagem de Flávio Ferreira e Mateus Vargas a construtora tem mais de R$ 140 milhões em contratos com a companhia, entregue por Jair Bolsonaro (PL) ao Centrão, tendo recebido mais de R$ 10 milhões desde 2019.
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No período, a empresa só recebeu recurso do governo federal, segundo dados do Portal Transparência.
Nos documentos, constam como sócios duas pessoas que admitiram que foram chamadas para constar formalmente como sócias na construtora mas que não mantinham nenhuma ligação pessoal ou empresarial entre eles.
A empresa teria como sócio oculto Eduardo José Barros da Costa, conhecido como Eduardo Imperador ou Eduardo DP.
Investigações do Ministério Público do Maranhão e da Polícia Civil apontam Costa como suspeito de comandar uma quadrilha responsável por crimes em mais de 40 municípios do estado, pelo menos de 2009 a 2012.
Ele ainda é réu em ações nas justiças estadual e federal em inquéritos sobre atos de corrupção e chegou a ser preso, estando em liberdade atualmente.
Na agenda oficial da Codevasf, há o registro de uma audiência de "Eduardo Costa - Empresa Construservice" com o presidente da estatal, Marcelo Moreira. Esse encontro ocorreu em 16 de dezembro de 2020.