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Entregue ao Centrão, Codevasf coleciona suspeitas de corrupção em obras

Estatal está no centro do escoamento das emendas parlamentares, em troca de apoio político ao governo Bolsonaro.

Presidente Jair Bolsonaro (PL)Créditos: Isac Nóbrega/PR
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As obras viárias entregues pela estatal Codevasf, que está no centro do escoamento  das emendas parlamentares -  em troca de apoio político ao governo Bolsonaro - já colecionam defeitos, precariedades e superfaturamentos.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a região norte do estado do Tocantins, conhecida como Bico do Papagaio foi destinatária de contratos de pelo menos R$ 11 milhões, oriundos de emenda parlamentar por indicação do senador Eduardo Gomes (PL-TO), para a Codevasf.

No entanto, as obras de asfaltamento da estatal no município de Araguatins (a 620 km de Palmas) contêm trechos que expõem os motoristas ao risco de acidente. Os moradores denunciam que o pavimento aplicado pela há poucos meses amolece e afunda nos dias de muito calor. Com isso, os motociclistas estão caindo no chão uma vez que os pés de sustentação das motos afundam no asfalto, e eles perdem o equilíbrio.

A comerciante Francielle Rodrigues, 30, que vende salgados na via asfaltada pela Codevasf, contou à reportagem da Folha, que nos dias de altas temperaturas é comum ter que ajudar clientes a se levantarem quando eles resolvem parar suas motos próximas a sua mesa de quitutes.

"Esse asfalto não tem quatro meses e até hoje derruba moto. Quando esquenta ele amolece, e o pé da moto afunda", diz.

Nos contratos assinados pela Codevasf no estado de Alagoas em 2019 e 2020, fiscalizadores da CGU (Controladoria-Geral da União) encontraram superfaturamentos, pagamentos indevidos, serviços em duplicidade e obras inacabadas. O valor total das irregularidades somou R$ 4,3 milhões.

Algumas das vias examinadas estão em Barra de São Miguel, município no litoral alagoano que tem como prefeito Benedito de Lira (PP-AL), pai do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Como mostrou a Folha na semana passada, a empreiteira Engefort, que lidera sozinha os contratos recentes da Codevasf para pavimentação. Nesses contratos, a Engefort participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios.

Em Imperatriz (MA), sede da Engefort, a principal obra feita pela construtora com recursos de contrato com a Codevasf, um anel viário, já apresenta buracos enormes, apesar de ter passado por uma reforma em menos de dois anos.

Leia a reportagem completa na Folha
 

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