Em entrevista na manhã desta terça-feira (31) a uma rádio do Rio Grande do Sul, Lula (PT) voltou a criticar a política de preços da Petrobras e a gestão do governo Jair Bolsonaro (PL) sobre a estatal, submissa aos interesses do sistema financeiro.
Indagado sobre como poderia reverter a paridade internacional de preços dos combustíveis, adotada pelo governo de Michel Temer (MDB) e mantida por Jair Bolsonaro (PL), o petista detalhou o plano e lembrou que a Petrobras é subordinada ao Estado brasileiro.
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"Primeiro: o presidente da Petrobras é subordinado às orientações políticas do Estado brasileiro, que é o acionista majoritário. Embora tenha vendido várias ações é o governo quem indica o Conselho [de Administração]. E é a política energética quem define os preços dos combustíveis. Em 2008, o combustível chegou a 147 dólares o barril e a gasolina era vendida no Brasil a R$ 2,60. E a Petrobras era lucrativa. O fato de você dolarizar o preço do combustível e jogar nas costas do povo brasileiro de pagar um custo de combustível que não é real - porque nós somos autossuficientes, porque temos capacidade de extrair petróleo. O que aconteceu é que pararam de construir as refinarias que estavam sendo construídas e hoje o Brasil não tem capacidade de processar todo o combustível que ele tem direito", disse Lula.
Um dia após a Petrobras ser incluída pelo governo Bolsonaro no plano de privatizações, Lula deu a receita para se reverter a alta de preços dos combustíveis.
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"Então o que é preciso fazer: primeiro é que uma parte do lucro da Petrobras seja investido na própria Petrobras. Segundo não é correto você ter um lucro de R$ 106 bi e dividir tudo isso em dividendos com as ações. Não é admissível que você leve em conta a necessidade se fazer reinvestimento. Ganhando as eleições, primeiro é ver como estará a composição do Congresso. Depois chamar o Conselho da Petrobras e o Conselho Nacional de Política Energética e vamos apresentar um plano que a gente possa recuar nos preços dos combustíveis ao ponto de 'abrasileirar' os valores".
Veja a entrevista