O ex-presidente Lula se encontra com representantes de movimentos populares nesta sexta-feira (27) para receber um documento assinado por mais de 60 entidades com propostas para vencer o bolsonarismo e reconstruir o Brasil. O encontro está previsto para as 17h em São Paulo e será transmitido pelas redes sociais de Lula.
"É fundamental derrotar Jair Bolsonaro e o bolsonarismo, com suas ideias reacionárias e anti-povo e sua forma de fazer política autoritária, baseada em mentiras e desinformação. É fundamental derrotar o projeto neoliberal e garantir um governo que atenda às demandas populares", diz o texto assinado pelas mais de 60 entidades.
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O documento elenca 10 eixos com propostas propositivos em cada um deles. Leia o documento na íntegra.
A maioria dos tópicos convergem com temas explorados por Lula em sua pré-campanha, principalmente no campo econômico.
Os movimentos, por exemplo, defendem a revogação do teto de gastos e das reformas trabalhista e previdenciária.
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Eles também sugerem a retomada da política de valorização do salário mínimo, garantindo a correção frente a inflação para que seja, de fato, o mínimo necessário para atender as necessidades do cidadão.
De fato, conforme revelado pela Fórum, um dos marcos das gestões federais de Lula e Dilma foi a política de valorização do salário mínimo. De acordo com o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, “desde 2002, a política de valorização garantiu um aumento real de mais de 78%. Com o salário mínimo a R$ 1.212,00, dos quais R$ 533,80 correspondem ao aumento real, o que incrementa anualmente mais de 390 bilhões a massa de rendimentos da economia (sem o aumento real de 78,7% o valor do SM seria de R$ 678,00)”.
Na saúde, os movimentos defendem a ampliação do financiamento público e reverter o modelo de privatização do SUS.
Na educação, os grupos sociais pedem a destinação correta do novo FUNDEB e a construção do novo Plano Nacional de Educação com a participação popular.
Eles também defendem a democratização do acesso ao ensino superior, com ampliação de vagas nas universidades públicas, além de fortalecer as políticas de assistência e permanência estudantil.
Os movimentos sociais propõe a "retomada das diversas formas de participação social na elaboração, planejamento e controle social das políticas públicas, inclusive econômicas, através dos conselhos, conferências".
Outro ponto é garantia dos direitos políticos e sociais da população negra, LGBTI, mulheres, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
Os grupos defendem a importância da regulação da mídia e dos meios de comunicação, bem como o fortalecimento das redes públicas de rádio e televisão e o combate de “fake news”, discursos de ódio e de ataques aos direitos humanos.
Outro ponto de preocupação é a defesa dos territórios indígenas e das comunidades tradicionais. A retomada da reforma agrária, bom como a democratização do acesso à terra, são alguns dos pontos defendidos pelos movimentos.
Leia o documento: