Uma pesquisa sigilosa encomendada por PSDB, MDB e Cidadania foi o último prego no caixão da candidatura do ex-governador João Doria (PSDB) à Presidência. De acordo com o levantamento feito pelo pesquisador Paulo Guimarães, da Unicamp, a rejeição ao tucano superou os 50%, chegando quase aos 60%, segundo relatos obtidos pela equipe da coluna.
Por outro lado, a rejeição da senadora Simone Tebet (MDB-MS) era a mais baixa de todas, em torno dos 20%.
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Apesar do resultado da pesquisa ser próximo a de outros levantamentos, esta foi encomendada pelo próprio PSDB a uma empresa de confiança, justamente para subsidiar a decisão dos líderes do partido.
Só perde em rejeição para Bolsonaro
O levantamento aponta que, dos cinco candidatos à presidência, só o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem rejeição maior do que a de Doria.
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Cerca de dois mil eleitores foram indagados expressamente sobre quem eles não votariam de jeito nenhum. A margem de erro do levantamento foi de 2.3 pontos percentuais.
O objetivo dos partidos era identificar qual dos dois possíveis candidatos da terceira via tinha maior potencial de crescimento ou, por outro lado, menor índice de rejeição.
Um grupo de 11 lideranças políticas dos três partidos receberam os números a portas fechadas na última quarta-feira (17), mas nenhum deles recebeu cópia do material.
Traidor
Os dados, de acordo com a coluna de Malu Gaspar, foram demolidores para Doria, que sofria pressão dentro e fora do PSDB para abandonar a sua candidatura. Apesar de ter desempenhado um papel-chave na campanha de vacinação contra a Covid-19, Doria sofria alta rejeição, tanto de petistas quanto de bolsonaristas, que o viam como “traidor”.