Jair Bolsonaro, segundo um auxiliar, usa “informação de inteligência” para guiar suas ações contra o STF. O que motivou a investida contra Alexandre de Moraes nesta semana foi mais um desses “informes da rede de informantes do presidente.
De acordo com o jornalista Robson Bonin, da revista Veja, a turma teria identificado uma “nova ameaça” de operação da Polícia Federal contra Carlos Bolsonaro. Relator do inquérito das fake news no STF, o ministro Alexandre Moraes chegou a ser questionado, nesta semana, por interlocutores do Supremo sobre o risco de uma ação contra Carluxo, no entanto negou a informação.
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Na terça-feira (17) Bolsonaro apresentou a notícia-crime - rejeitada pelo ministro Dias Toffoli, da mesma Corte - alegando suposto abuso de autoridade por parte de Moraes. O presidente da República argumentou que o chamado inquérito das fake news, no qual é investigado, não se justifica.
"Considerando-se que os fatos narrados na inicial evidentemente não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito, nego seguimento", escreveu Toffoli na decisão.
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A ação impetrada por Bolsonaro tem o objetivo de apurar, segundo o presidente, cinco aspectos da conduta, na visão do líder extremista, tomada por Moraes contra ele, que seriam a duração não razoável da investigação, a negativa de acesso aos autos, a prestação informação inverídica sobre procedimento, a exigência de cumprimento de obrigação sem amparo legal e a instauração de inquérito sem justa causa.
Bolsonaro e Moraes, há tempos, vivem em constante clima beligerante. O presidente assumiu uma postura de ataques frequentes ao ministro e ambos vivem trocando farpas.