A deputada estadual Monica Seixas (PSOL-SP) decidiu ingressar com uma representação para denunciar o deputado Wellington Moura (Republicanos) junto à Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A denúncia foi motivada porque ele afirmou que iria “colocar um cabresto” em sua boca sempre que assumir a presidência das sessões. Monica declarou, ainda, que abrirá um boletim de ocorrência (BO) contra o parlamentar.
A discussão aconteceu durante sessão da Casa, na quarta-feira (18), após Wellington Moura afirmar que a parlamentar importuna o plenário.
“Quero dizer a ela [Monica Seixas] que ontem, num momento que eu estava presidindo a sessão, ela estava importunando o plenário [...] é o que vossa excelência faz. Sempre. Várias vezes. Mas num momento que eu estiver ali [presidindo a sessão], eu vou sempre colocar um cabresto na sua boca porque não vou permitir que vossa excelência perturbe a ordem”, disse Moura.
Os dois, então, discutiram, e Monica respondeu: “Não vai calar a minha boca”. O deputado retrucou: “Eu vou, todas as vezes [que presidir a sessão]”.
Em sua conta no Instagram, a equipe de Monica relatou o caso: “Mais uma vez, de forma machista, racista e colonial, tentam invalidar e intimidar nosso mandato na Alesp, mas não conseguirão! Dessa vez, o deputado Wellington Moura disse que colocará cabresto na boca da deputada Monica quantas vezes for necessário. Não toleraremos e não passará impune! Ajude a pressionar pela cassação do mandato desse deputado racista e machista!”.
Confusão ocorre um dia depois de Monica ser ofendida por outro deputado
O caso ocorreu um dia depois de outra confusão envolvendo Monica. Ela denunciou que o deputado Gilmaci Santos (Republicanos) a chamou de “louca” e chegou a colocar o dedo no nariz dela, em sessão que acabou cassando o mandato de Arthur do Val (União Brasil), de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
Em 2021, Monica se afastou da Alesp por 120 dias para cuidar da saúde mental. Ela foi diagnosticada, à época, com depressão e síndrome do pânico.