SOBERANIA EM RISCO

Por ordem de Bolsonaro, prioridade de novo ministro é privatizar Petrobras e pré-sal

Em seu primeiro pronunciamento como ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida sinalizou que a privatização será alvo de seu primeiro ato no governo

Adolfo Sachsida: agente a mando de Bolsonaro.Créditos: Anderson Riedel/Presidência da República
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Jair Bolsonaro (PL) pretende, definitivamente, entregar o país e acabar com as empresas públicas, que são patrimônio nacional. Adolfo Sachsida, novo ministro de Minas e Energia, declarou nesta quarta-feira (11), que vai pedir, em caráter prioritário, estudos ao governo sobre a eventual privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

Meu primeiro ato como ministro será solicitar ao ministro [da Economia] Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos], que leve ao conselho a inclusão da PPSA no PND [Programa Nacional de Desestatização] para avaliar as alternativas para sua desestatização”, afirmou Sachsida, em entrevista.

“Ainda como parte do meu primeiro ato, solicito também o início dos estudos tendentes à proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobras”, acrescentou.

Não para por aí. Sachsida foi mais longe e defendeu, ainda, o avanço da privatização da Eletrobras. O processo está previsto para julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) no dia 18 de maio.

“Quem se meter a privatizar a Petrobras, vai conversar conosco depois das eleições“, diz Lula

Em discurso em Juiz de Fora, Minas Gerais, nesta quarta (11), o ex-presidente Lula (PT) deixou bem claro sua posição em relação ao assunto.

Ele ainda mandou um recado: “Parem de tentar privatizar as nossas empresas públicas. Quem se meter a privatizar a Petrobras, vai conversar conosco depois das eleições. Os empresários não podem privatizar Eletrobras, Correio, Banco do Brasil, BNDES, BNB, Caixa Econômica. Aprendam a trabalhar, a investir e fazer política econômica”, apontou.

Em relação à Eletrobras, o ex-presidente já afirmou: “A Eletrobras foi construída ao longo de décadas, com o suor e a inteligência de gerações de brasileiros. Mas o atual governo faz de tudo para entregá-la a toque de caixa e a preço de banana. O resultado de mais esse crime de lesa-pátria seria a perda da nossa soberania energética. Defender a nossa soberania é defender também a Eletrobras daqueles que querem o Brasil eternamente submisso”.