Sergio Moro (União Brasil), além de ter sido chamado de traidor quando abandonou o Podemos, deixou um grande prejuízo ao antigo partido. A produtora D7 está cobrando um contrato de R$ 2 milhões referente a serviços prestados quando o ex-juiz ainda era pré-candidato à presidência.
O valor inclui a preparação de Moro para que ele conseguisse fazer pronunciamentos, inserções estaduais de propaganda partidária, além de gravação de vídeos do ex-juiz e da presidente do Podemos, Renata Abreu, para redes sociais.
A empresa já encaminhou uma notificação extrajudicial ao Podemos e estuda acionar o partido na Justiça nos próximos dias, de acordo com a coluna de Bela Megale, em O Globo.
Houve, inclusive, uma reunião entre integrantes do Podemos e representantes da produtora. O partido ficou de pagar R$ 1 milhão nesta semana. Como o dinheiro ainda não apareceu na conta, a D7 se prepara para ingressar na Justiça.
O contrato foi assinado em fevereiro de 2022 e as primeiras notas emitidas em março. Moro largou o Podemos no início de abril, se transferindo para o União Brasil, o que deixou a dívida em aberto.
Senadores do Podemos dizem que foram traídos por Moro
A notícia de que Moro havia decidido mudar de partido e se transferir para o União Brasil irritou muito os senadores do Podemos, no final de março.
Os parlamentares se diziam traídos pelo ex-juiz e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), o que sinalizava, à época, que ele perderia os últimos aliados políticos no Congresso.
Moro não comunicou que estava de saída do Podemos. Na manhã do dia 31 de março, a informação chegou ao conhecimento de Renata Abreu, presidente do partido, e a indignação foi geral.