Apesar da pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (10) apontar que a diferença entre Lula (PT), que lidera a corrida à presidência, e Jair Bolsonaro (PL) caiu 5,6 pontos percentuais, um dado do estudo mostra que o petista ainda tem chances de liquidar o pleito já no 1º turno.
Segundo o levantamento, quase metade (49%) dos eleitores de Ciro Gomes (PDT) afirmaram que podem mudar o voto. Trata-se de um dos índices mais altos de volatilidade, sendo superado apenas pelo registrado entre os eleitores de João Doria (PSDB): 65,1%. Entre os eleitores de Bolsonaro, 17,9% afirmam que podem mudar o voto, enquanto o índice entre os eleitores de Lula é de 21,9%.
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O petista e o atual presidente possuem, ainda, os maiores índices de definição de voto: 78,1% afirmaram que votarão em Lula com certeza, enquanto este número é de 82,1% entre os apoiadores de Bolsonaro.
O titular do Palácio do Planalto, de acordo com o estudo, no entanto, é o candidato mais rejeitado: 53,9% dos entrevistados disseram que não votarão em Bolsonaro de jeito nenhum. Com relação a Lula, este índice é de 44,1%, e com Ciro de 48,2%.
Confira
Pesquisa confirma entrevista de Coimbra à Fórum
Os dados da nova pesquisa CNT/MDA confirmam a tese encampada pelo sociólogo Marcos Coimbra, do Instituto Vox Populi, compartilhada em entrevista ao Fórum Café na última sexta-feira (6): de que parte do eleitorado de Ciro Gomes pode abandoná-lo antes das eleições e, com isso, ser o empurrão final para que o ex-presidente Lula vença o pleito no primeiro turno.
Da mesma forma como o eleitorado de Moro, que tem afinidade ideológica com Bolsonaro, migrou quase todo para Bolsonaro, o eleitorado de Ciro, na avaliação de Coimbra, deverá migrar naturalmente migrar para Lula.
A situação de Ciro Gomes é tão difícil que ele está em terceiro lugar no Ceará, o estado onde fez sua carreira política. “Ciro tem metade das intenções de voto de Bolsonaro no Ceará, não sei o que ele espera que aconteça no próprio estado dele. O fato é que lá acontece o mesmo que no resto do país: quem é progressista está escolhendo Lula e quem é conservador está com Bolsonaro. Esta é uma eleição com apenas dois candidatos, mesmo no Ceará, onde ele não chega a dois dígitos”, afirmou o sócio do Instituto Vox Populi.
Assista abaixo à íntegra da entrevista