Lula (PT) discursou no ato unificado das centrais sindicais, que marcou o Dia do Trabalhador, neste domingo (1), na Praça Charles Miller, em São Paulo. O petista voltou a criticar o governo de Jair Bolsonaro (PL) e disse que o atual presidente “só governa para milicianos, alguns, inclusive, responsáveis pela morte de Marielle. E nós queremos saber quem mandou matar Marielle?”, questionou. "Alguém melhor do que Bolsonaro vai ganhar as eleições".
O ex-presidente iniciou seu pronunciamento reconhecendo um deslize:
“Eu ontem cometi um erro quando quis dizer que Bolsonaro não gosta de gente, só de polícia. Gostaria de pedir desculpas aos profissionais da segurança. Eu que vivo pedindo que a imprensa admita seus erros contra mim, não poderia deixar de pedir desculpas pelo meu erro”.
Ele aproveitou para dizer que há seis anos espera um pedido de desculpas de quem o acusou durante os processos da Lava Jato. “Ainda mais agora em que a ONU reconheceu que fui vítima de uma sacanagem”.
Como estava falando no 1º de Maio, Lula preferiu abordar temas referentes às lutas dos trabalhadores. “Quando a inflação cresce, o salário diminui. Temos que lutar pela redução da inflação em aumento de salário, para que o povo possa comer. São 116 milhões de pessoas com insegura alimentar”, disse.
Lula voltou a garantir que, caso seja eleito, vai dar amplo espaço à cultura em seu governo, especialmente porque se trata de um setor "grande gerador de empregos".
“O salário mínimo tinha aumento real”, relembra Lula
O ex-presidente relembrou as conquistas obtidas em seus mandatos; “Todos vocês, mesmo aqueles que são jovens, devem ter um parente que já viveu os melhores momentos no meu governo. O salário mínimo tinha aumento real e a inflação ficava em 4,5%, média que estabelecemos. Em abril, a inflação foi a maior em 27 anos”, comparou.
Ele destacou, ainda, que “esse presidente fascista a e genocida nunca reuniu as centrais, prefeitos, governadores ou movimentos sociais. Portando, esse cidadão só governa para seus milicianos, alguns, inclusive, responsáveis pela morte de Marielle".
O petista voltou a ressaltar que irá montar clubes de leitura em locais onde hoje funcionam clubes de tiros bolsonaristas.
Manifestações do Dia do Trabalhador voltam ás ruas depois de dois anos
Depois de dois anos de manifestações virtuais, por causa da pandemia da Covid-19, o Dia do Trabalhador voltou a ser celebrado nas ruas do país.
Na capital paulista, o ato foi realizado por centrais sindicais: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública Central do Servidor.
A programação cultural conta com artistas de renome, como Daniela Mercury, Francisco El Hombre, Leci Brandão, Dexter e DJ KL Jay.