A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou nesta quarta-feira (6) um requerimento cobrando que o governo Jair Bolsonaro (PL) dê explicações diante do áudio captado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro que mostra a irmã do ex-policial militar Adriano da Nóbrega acusando o Palácio do Planalto de oferecer cargo pelo assassinato do ex-capitão do Bope que integrava o Esquadrão da Morte - grupo armado da milícia de Rio das Pedras.
A denúncia provocou um grande impacto no mundo político. Diversos parlamentares foram às redes sociais manifestar preocupação com o possível envolvimento de Bolsonaro na morte do miliciano.
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O PSOL decidiu requerer a apresentação de explicações pelo governo em ofício enviado à Mesa Diretoria da Câmara. O anúncio foi feito pela deputada Samia Bonfim (PSOL-SP) pelo Twitter.
"Junto com a bancada do PSOL estou apresentando um Requerimento de Informação para que o Planalto se explique da denúncia de troca de cargos comissionados pelo assassinato do miliciano Adriano da Nóbrega. A Secretaria Geral da presidência terá 30 dias para protocolar resposta", disse.
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Adriano é suspeito de estar envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018.
Irmã diz que Planalto ofereceu cargo por morte de Adriano da Nóbrega
No áudio, Daniela Magalhães da Nóbrega chora ao dizer para uma tia que o irmão, que chegou a ser homenageado pelo clã Bolsonaro e teve a esposa empregada no esquema de rachadinha comandado por Fabrício Queiroz no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), "já era um arquivo morto".
"Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo", afirmou Daniela, revelando um possível conluio acertado por Bolsonaro para assassinar o ex-capitão do Bope.