A advogada Luciana Pires, que defende o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem atuado com a benção do padrinho, para ser indicada para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) nos próximos meses.
Conforme reportagem do Globo, Luciana Pires trabalha para assumir o posto de Vitor Marcelo Aranha Afonso Rodrigues, ex-professor de Flávio que vai deixar o tribunal eleitoral para ser desembargador do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). A vaga é destinada a advogados.
Rodrigues que é próximo de Luciana foi o escolhido pelo governador Cláudio Castro (PL) após compor uma das listas tríplices encaminhadas pelo TJ ao chefe do Executivo fluminense.
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Na época, o jurista contou com o apoio de Flávio Bolsonaro que fez lobby juntamente com o governador para facilitar disputa, que envolvia listas sêxtuplas afuniladas em três nomes em uma segunda etapa secreta.
A campanha de Vitor Marcelo para o TJ também contou com intensa articulação de Luciana, que pretende assumir o posto do jurista, cujo mandato venceria em setembro com possibilidade de recondução, no TRE.
Mas a movimentação de Luciana não tem sido bem recebida, nem no TJ e nem no TRE. Não são poucos os interlocutores do TJ que consideram que a advogada não tem currículo para assumir o cargo.
Por isso, a tendência é que a chefia do tribunal estique aos máximos os prazos do processo, para evitar que Luciana assuma o posto durante a eleição. O tribunal tem 90 dias para declarar que o posto está vago. Depois, é publicado um edital para que os interessados se manifestem.
Os requisitos dos interessados são analisados pelo TRE e submetidos aos 180 desembargadores do TJ-RJ, que formam uma lista tríplice.
A escolha final é do presidente da República. Ou seja: caso Luciana consiga compor a lista tríplice, Bolsonaro teria que escolher entre a advogada do filho e outros dois candidatos.
Procurado pelo jornal o Globo, o presidente do TRE-RJ, Elton Leme, afirmou que, dados os prazos do processo de escolha, "provavelmente não dará tempo para o vencedor atuar nas eleições vindouras".