INDULTO A SILVEIRA

ABI compara Bolsonaro a Mussolini "com perdão a criminosos que assassinaram opositores do regime"

Em nota, a associação de imprensa classifica como "golpe" a "graça constitucional" ao deputado aliado e afirma que Bolsonaro declarou guerra ao STF.

Jair Bolsonaro e Daniel Silveira.Créditos: Reprodução Twitter
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Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (21), após a concessão de indulto a Daniel Silveira (PTB-RJ), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) comparou Jair Bolsonaro (PL) ao ex-primeiro-ministro italiano Benito Mussolini, líder do Partido Nacional Fascista que implantou uma Ditadura totalitária nos anos 1920 no país europeu.

"Com seu comportamento, Bolsonaro se inspira no comportamento de Benito Mussolini, que, nos anos 20, abriu caminho para o regime fascista na Itália com o perdão a criminosos que assassinaram opositores do regime", diz o texto.

A ABI classifica como "golpe" a "graça constitucional" ao deputado aliado e afirma que Bolsonaro declarou guerra contra o Supremo Tribunal Federal (STF) ao proclamar o decreto.

"A medida configura um atentado, um autêntico golpe às instituições democráticas. A medida atropela o ordenamento jurídico do País e configura um ensaio de golpe que deve ser repudiado e combatido por todos os democratas", diz o texto assinado pelo presidente, Paulo Jerônimo.

Leia a íntegra

ABI denuncia tentativa de golpe de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro declarou guerra  contra o Supremo Tribunal Federal (STF) ao perdoar o deputado Daniel Silveira, condenado por fazer ameaças de violência física a integrantes da Suprema Corte. A medida configura um atentado, um autêntico golpe às instituições democráticas.

A medida atropela o ordenamento jurídico do País e configura um ensaio de golpe que deve ser repudiado e combatido por todos os democratas.

Com seu comportamento, Bolsonaro se inspira no comportamento de Benito Mussolini, que, nos anos 20, abriu caminho para o regime fascista na Itália com o perdão a criminosos que assassinaram opositores do regime.

A ABI denuncia esse atentado inaceitável à democracia e informa que está estudando as medidas jurídicas necessárias para fazer frente a esse brutal atropelo ao Estado de Direito.

Paulo Jeronimo, presidente da ABI