O vereador bolsonarista carioca Gabriel Monteiro (PL), que enfrenta uma enxurrada de acusações que vão desde assédio moral e sexual, forjar vídeos para seu canal, fazer sexo com menores e divulgar os vídeos na internet, até estupro, resolveu voltar à carga e retomar as suas “fiscalizações” em instalações públicas, que ficaram conhecidas pelas intimidações e humilhações que impõe ao funcionalismo que trabalha nesses locais.
Monteiro visitou uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) que fica na Zona Norte do Rio com sua equipe, na noite de quarta-feira (13), mesmo tendo sido proibido de fazer as tais “inspeções” quando acompanhado por mais de uma pessoa, por determinação expedida pela Justiça Federal. Foi necessário acionar a Polícia Militar, segundo a Secretaria de Saúde do Rio, para retirá-lo do local, já que segundo a pasta o parlamentar apresentava “comportamento agressivo” com os servidores que estavam de plantão.
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Prestes a ser cassado pela Câmara Municipal do Rio, Monteiro estava acompanhado de quatro funcionários de seu gabinete, que filmavam tudo na UPA, enquanto ele insistia em questionar os trabalhadores da área de Saúde da unidade. Habitualmente ele grava essas cenas, muitas delas comprovadamente simuladas e forjadas, para disponibilizar em seu canal no YouTube, que tem mais de seis milhões de seguidores, lucrando com a prática, inclusive. A Justiça Federal também vetou o ingresso do vereador e de seus assessores quando estiverem portando armas.