Após reunião nesta quarta-feira (13), a direção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou, por maioria, a indicação de Geraldo Alckmin (PSB) para ser candidato a vice na chapa liderada por Lula à presidência nas eleições deste ano. A indicação de Alckmin para compor aliança com o petista havia sido oficializada pelo PSB na última sexta-feira (8).
Ao todo, foram 68 votos favoráveis a Alckmin vice de Lula,13 contrários e 3 abstenções. A oficialização da chapa, porém, só deve ser anunciada entre os dias 4 e 5 de junho, quando o PT realiza seu encontro nacional e o tema será colocado para debate.
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O vice-presidente nacional do partido, deputado federal José Guimarães (CE), no entanto, afirmou que a votação de hoje se tratou de uma formalidade e que a decisão já está tomada. "É só mera formalidade. Todos os partidos já bateram martelo em apoiar. Alckmin será o candidato a vice-presidente", declarou.
"A eleição presidencial deste ano colocará em disputa dois projetos muito claros: o da democracia e o do fascismo", diz um trecho da resolução aprovada pela legenda.
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Além da aprovação do nome de Alckmin para ser candidato a vice na chapa petista, a direção nacional do PT aprovou, na mesma reunião, a formação de federação partidária com o PCdoB e PV, além de coligação com o PSB.
Leia abaixo a íntegra da resolução do PT
"RESOLUÇÃO SOBRE COLIGAÇÃO NACIONAL E COMPOSIÇÃO DE CHAPA COM O PSB
A eleição presidencial deste ano colocará em disputa dois projetos muito claros: o da democracia e o do fascismo.
No polo democrático, é a candidatura de Lula que tem reais possibilidades de aglutinar a maioria do sociedade, em torno de um programa de enfrentamento e substituição das políticas neoliberais e privatistas, de reafirmação da soberania e das políticas de crescimento sustentável com justiça social, de resgate dos direitos e das conquistas da classe trabalhadora, de retomada dos direitos humanos, coletivos e individuais; enfim, um programa capaz de trazer paz e prosperidade para o povo brasileiro.
Nossa política de alianças e a tática eleitoral, que já estão em construção e serão definitivamente aprovadas no Encontro Nacional de 4 e 5 de junho, apontam para a ampliação política necessária para derrotar Bolsonaro, num processo eleitoral que já se revela o mais duro desde a redemocratização do país.
Além de consolidar a unidade do campo popular, o PT deve buscar ampliar o apoio a Lula em outros setores políticos e sociais do campo democrático.
A coligação nacional com o PSB, que apresentou formalmente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para compor a chapa como candidato a Vice-Presidente de Lula, será importante passo na direção almejada. Confirmará nossa disposição de, no governo, implementar um programa de reconstrução e transformação do Brasil, ampliando nossa base social.
Neste sentido, o Diretório Nacional indica às delegadas e aos delegados que participarão do Encontro Nacional a aprovação desta aliança e desta composição de chapa.
Brasília, 13 de abril de 2022
DIRETÓRIO NACIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES"