ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro cobra fidelidade de André Mendonça e Kassio Nunes em julgamento de Daniel Silveira

Um forte esquema de segurança já foi organizado pelo STF para o dia do julgamento do deputado bolsonarista, pois, há a expectativa de manifestação de extremistas na mesma data

Bolsonaro cobra fidelidade de André Mendonça e Kassio Nunes em julgamento de Daniel Silveira.Créditos: Reprodução Twitter
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez com que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça e Kassio Nunes, indicados por ele à Suprema Corte, tomassem conhecimento de que espera "lealdade" de ambos no julgamento do deputado Daniel Silveira (União Brasil). 

Segundo informações do Metrópoles, o presidente quer que um deles peça vista do processo, dessa maneira, o julgamento é suspenso e Daniel Silveira ganha tempo para que possa participar das eleições deste ano, na qual pretende disputar o Senado pelo Rio de Janeiro. 

Como se sabe, quando um ministro do STF pede vista de um processo, não há norma que obrigue o magistrado a devolver o caso à pauta, podendo segurar a ação por tempo indefinido. 

No entanto, o objetivo de Bolsonaro é que o caso fique suspenso somente até o fim da eleição. Caso Daniel Silveira seja eleito, ele obtém o foro privilegiado, que pode postergar ainda mais o seu julgamento. 

 

Julgamento sob tensão 


Está marcado para o próximo dia 20 o julgamento da ação penal em que o deputado federal Daniel Silveira (União Brasil) é réu. 

Segundo informações d'O Globo, a tendência é que os ministro da Corte condenem Silveira por ataques ao STF e prática de atos antidemocráticos. 

Caso o parlamentar bolsonarista seja condenado, ele pode ficar inelegível. O deputado pretende disputar o Senado pelo estado do Rio de Janeiro. 

Há um clima de tensão para o dia do julgamento, pois, os integrantes do STF esperam por manifestações de partidários de Daniel Silveira na porta do Supremo. 

Por conta disso, todo o esquema de segurança foi reforçado para o dia do julgamento. 


Relembre o caso

Silveira foi preso em fevereiro de 2021, depois de divulgar um vídeo com ameaças aos ministros do STF. O bolsonarista passou por regime domiciliar, acabou solto em novembro, mas ficou submetido a uma série de medidas cautelares, como proibição de acesso às redes sociais e de contato com outros investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais.

Mesmo assim, o deputado voltou a atacar o STF. Disse, inclusive, que “está ficando complicado” para Moraes continuar vivendo no Brasil.

No dia 26 de março, o ministro determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo deputado e o proibiu de participar de eventos públicos. Porém, o bolsonarista declarou que não cumpriria a determinação.

Ele passou a noite no plenário da Câmara dos Deputados, argumentando que a polícia não poderia forçá-lo a colocar a tornozeleira sem autorização de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.

Depois da nova decisão de Moraes, Silveira resolveu voltar para casa e compareceu à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, na quinta (31) para instalação da tornozeleira eletrônica.

 

Com informações do Metrópoles e O Globo