Em meio às tratativas com União Brasil e PSDB para formar uma chapa única - que deve ter João Doria ou Eduardo Leite como candidato ao Planalto -, uma ala do MDB comandada pelo senador Renan Calheiros (AL) trabalha para que a sigla desista de ter Simone Tebet (MS) como presidenciável para apoiar Lula (PT) já no primeiro turno.
"Se você somar quem tem 1% com quem tem 2%, não vai alterar a fotografia das pesquisas. É somar nada com pouca coisa", disse Renan após jantar de lideranças do partido com Lula em Brasília sobre a tentativa de fusão do centro.
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"Nós temos o maior respeito por ela, mas se não houver mudança na fotografia das pesquisas acho que ela própria vai tomar a iniciativa de levar ao partido para não ter candidato", emendou sobre Tebet.
Anfitrião do jantar, Eunício Oliveira (CE) lembrou o "suicídio político" de 2018, quando a sigla lançou Henrique Meirelles, que terminou em sétimo lugar na disputa à Presidência, com 1,2% dos votos.
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"Há uma tendência natural de não irmos novamente para um suicídio político. Nós fomos de (Henrique) Meirelles em 2018 quando nós sabíamos que ele não tinha a menor condição eleitoral", afirmou.
Segundo ele, 14 dos 27 diretórios regionais da sigla são contrários à candidatura própria. "Se não for uma candidatura viável, não tenho dúvidas que os diretórios vão derrubar na convenção".
O apoio a Lula é defendido dentro do partido principalmente por quadros do Nordeste, onde o petista lidera com folga as pesquisas de intenção de votos. Além de Renan, outros quatro senadores do partido estiveram presentes no jantar com Lula, entre eles Marcelo Castro (MDB-PI) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
Outros nomes de peso do MDB, como Garibaldi Alves Filhos e Renan Filho, ex-governador de Alagoas, também participaram do encontro.
Mais cedo, Lula se encontrou com o ex-presidente José Sarney, que também mantém grande influência dentro do MDB.