O ex-presidente Lula (PT) comentou nesta segunda-feira (11) sobre a morte da diarista Angélica Rodrigues, de 26 anos, ocorrida na última quarta-feira. Angélica morreu após ter 85% do corpo queimado enquanto tentava cozinhar com álcool de posto, o etanol. Lula aproveitou para cobrar o governo Jair Bolsonaro (PL), que se mantém inerte diante do aumento do preço dos combustíveis.
"O povo voltando a cozinhar com álcool e lenha deveria ligar um sinal de alerta se tivéssemos governo. Uma jovem de 26 anos perdeu a vida porque as famílias brasileiras não conseguem mais pagar o gás. Uma tristeza sem tamanho", escreveu Lula no Twitter.
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Sem trabalho por conta da pandemia, Angélica ficou sem recursos para comprar gás de cozinha e acabou se arriscando com o etanol, o que provocou um acidente doméstico. Um botijão de 13 quilos custava, em média, R$ 112,54 em março no Brasil. Os altos preços do gás são uma consequência direta da política de dolarização dos combustíveis praticadas pela Petrobras com respaldo do governo Bolsonaro.
O ex-presidente Lula defende uma mudança na política de preços dos combustíveis. "Eu vou dizer para o povo desse Brasil inteiro: nós não vamos manter o preço dolarizado", disse em entrevista realizada em fevereiro.
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Angélica sofreu acidente enquanto cozinhava
Angélica passou 15 dias internada em um hospital na cidade, aguardando por uma transferência para um hospital de referência no tratamento de queimados em São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos.
A mãe de Angélica, a cozinheira Silvia Regina dos Santos, 43, afirmou que a filha vinha enfrentando graves problemas financeiros e explicou o acidente.
"Ela pegava uma lata de sardinha e colocava o álcool, usando como espiriteira. Punha fogo e a panela em cima. No dia do acidente, ela pensou que a chama do potinho tinha apagado e virou o galão de álcool, mas o fogo subiu para o galão. Ela se assustou, sacudiu o galão, e o fogo acabou se espalhando no corpo todo", disse.