Braço direito que atuou como secretário-executivo do pastor Milton Ribeiro, Victor Godoy Veiga foi nomeado por Jair Bolsonaro (PL) como ministro interino da Educação em meio à disputa entre o Centrão e a bancada evangélica pelo comando da pasta, que tem o maior orçamento da União - de R$ 137,9 bilhões em 2022.
Godoy Veiga assumiu a secretaria executiva do MEC em julho de 2020, quando Ribeiro foi alçado ao comando da pasta. Antes, ele fez carreira como auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou de 2004 a 2020.
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Na CGU, ele trabalhou diretamente com o ministro da controladoria-geral da União, Wagner Rosário. Na função, ele também conheceu o atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, no período em que o magistrado era o titular do Ministério da Justiça.
Formado em Engenharia de Redes de Comunicações de Dados pela Universidade de Brasília (UnB), Godoy foi escalado por Ribeiro para blindar a Universidade Filadélfia (UniFil), de Londrina, de uma investigação da Polícia Federal.
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A universidade particular é ligada à Igreja Presbiteriana Central de Londrina e tem como reitor Eleazar Ferreira, irmão do pastor Osni Ferreira, líder da igreja.
Osni e Eleazar foram recebidos por Ribeiro em seu gabinete em 2 de setembro do ano passado.
A investigação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que acionou a PF, concluiu haver indícios de fraude no Enade envolvendo o curso de biomedicina da instituição.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, em conversas e durante reuniões que aconteceram no MEC, Milton Ribeiro e Veiga foram claros sobre as motivações para impedir a apuração criminal: tratava-se de uma instituição presbiteriana.