GOVERNO BOLSONARO

Troca na Petrobras foi imposição eleitoral do Centrão a Bolsonaro

Políticos do centrão acreditam que Silva e Luna não tem "traquejo" para ludibriar a população com a "versão" deles sobre o aumento da gasolina, do diesel e do gás. Adriano Pires saberia "traduzir" melhor.

Adriano Pires.Créditos: Pedro França/Agência Senado
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A troca na presidência da Petrobras anunciada nesta segunda-feira (29) foi uma imposição do Centrão a Jair Bolsonaro (PL) com foco nas eleições de 2022.

Segundo informações divulgadas pela jornalista Andreia Sadi, no blog do portal G1, políticos do centrão acreditam que Adriano Pires, lobista histórico pela privatização da Petrobras, terá mais habilidade para “traduzir” à população as decisões sobre os combustíveis.

Para a base que comanda o governo e a pré-campanha de Bolsonaro, o atual presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, não teria "traquejo" para ludibriar a população com a "versão" deles sobre o aumento da gasolina, do diesel e do gás.

A troca, no entanto, não vai resultar na mudança da chamada Política de Paridade Internacional (PPI) dos preços. Tampouco deve resultar em redução no valor dos combustíveis.

No entanto, para Bolsonaro e aliados o que importa é vender uma versão que seja crível e mantenha o alinhamento principalmente dos eleitores radicais.

Para fazer a mudança política, Bolsonaro teria ignorado o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

O presidente também pretende dar "carta branca" para Pires, que tem a missão de levar adiante a ideia de "livrar-se de Estatal", pregada por Bolsonaro.

No entanto, qualquer decisão a ser tomada deverá ser levada antes ao Palácio do Planalto para aval do presidente, principalmente durante a campanha eleitoral.