BOLSONARISTA

Após denúncia de assédio, Gabriel Monteiro se revolta: "introduzindo a realidade"

No Fantástico, cinco ex-funcionários acusaram o vereador bolsonarista do Rio de assédio moral e sexual. Monteiro teria cometido abusos sexuais contra homens e mulheres de sua equipe.

Jair Bolsonaro e Gabriel Monteiro.Créditos: Reprodução/Twitter Gabriel Monteiro
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Acusado por cinco ex-funcionários de assédio sexual e moral, em reportagem no Fantástico nesse domingo (27), o vereador bolsonarista Gabriel Monteiro (Sem partido) tem se mostrado revoltado nas redes sociais.

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Sem apresentar defesa das denúncias feitas por funcionários, Monteiro, que usou uma criança carente para se promover nas redes sociais, diz que as "famílias estão indignadas com a Globo" e que no vídeo apenas "introduz a realidade".

"As famílias estão indignadas com a GLOBO. Antes de gravar, as mães deram o roteiro de vida delas. Fome, abandono paterno, situação de rua. Eu ao longo do vídeo vou APENAS INTRODUZINDO a realidade. Objetivo claro: vocês verem o vídeo e entenderem a real necessidade de ajudá-las", tuitou na manhã desta segunda-feira (28).

Após dizer ao Fantástico que deu dinheiro, além de um lanche à criança, Monteiro afirmou nas redes que doou "milhões de reais" diretamente às famílias e que editou o conteúdo dos vídeos para ser mais "cadenciado, nunca mentiroso.

Assédio sexual

Na reportagem do Fantástico, uma funcionária que se identificada como Luiza acusa Monteiro de assédio sexual.

"Ele me abraçava assim por trás, 'te amo' e não sei o que, 'você é minha amiga'. Beijava o meu rosto, saía de pênis ereto e ia mostrar para o segurança. Uma vez, foi no carro que ele começou pedindo para fazer massagem no meu pé. Puxou meu pé e fez massagem. Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber."

Outra mulher, que não revelou a identidade, afirma que consentiu o início das relações sexual com Gabriel Monteiro. No meio da relação, o ato evoluiu para um estupro, porque ela diz que pediu para que ele parasse.

“Teve um momento que ele usou força. Me segurou e foi com tudo. Me deixou sem saída. Eu pedindo para ele parar, ele não respeitou o momento em que eu pedi para ele parar. E ele rindo, 'é uma brincadeira. Não leva a sério, não. Não fica chateada."

Um funcionário, que também não se identificou, contou que era obrigado a cumprir expediente na casa de Gabriel, onde presenciou cenas constrangedoras:

"A gente ficava ali na frente e várias vezes ele foi na parte da frente da varanda da casa, e em outros cômodos a gente já viu também, com o órgão sexual para fora. E se vangloriando do tamanho do pênis. E mesmo se masturbando na frente de toda a equipe."

A reportagem mostrou ainda abusos sexuais contra homens da equipe.