As eleições de 2022, em que serão escolhidos deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente da República, estão marcadas para o dia 2 de outubro. O segundo turno, se necessário nas disputas estaduais e para o Palácio do Planalto, será realizado no dia 30 do mesmo mês.
A poucos meses para o pleito, partidos vêm se articulando com possíveis federações partidárias e negociando nomes para a disputa, que envolvem trocas de apoio nas candidaturas à presidência e palanques nos estados. O prazo para que os candidatos sejam confirmados e registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se encerra em 15 de agosto e, até lá, muita coisa pode mudar.
Em alguns estados, no entanto, já há cenários mais definidos para as candidaturas a governador apresentadas pelo campo progressista.
Fórum fez um levantamento de todos os possíveis candidatos que representarão o campo de esquerda e centro-esquerda nos estados, indicando quais já estão confirmados e quais ainda estão em negociação. Minas Gerais, Alagoas, Roraima e Mato Grosso são estados em que o campo progressista ainda não lançou nenhum nome ou que podem contar com apoio de partidos de esquerda a candidaturas de centro.
Confira.
São Paulo
O principal nome do campo progressista para disputar o governo paulista é o de Fernando Haddad (PT). O ex-prefeito da capital já conta com o apoio do PCdoB e do PSOL, que tinha Guilherme Boulos como pré-candidato, mas decidiu lançá-lo a deputado federal para fortalecer a candidatura Haddad.
Márcio França (PSB) também se apresenta como pré-candidato, mas já indicou que pode abrir mão de concorrer ao governo para apoiar Haddad. Neste caso, seria candidato ao Senado com apoio dos petistas.
Ainda no campo progressista há a candidatura de Gabriel Colombo, do PCB.
Rio de Janeiro
O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) e o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), são os dois principais nomes do campo progressista que disputarão o governo do Rio de Janeiro.
Freixo conta com o apoio já declarado do PT e de Lula em sua candidatura. Neves, por sua vez, apesar de contar com o apoio de seu correligionário Ciro Gomes, já sinalizou que pode abrir seu palanque para o ex-presidente petista.
Pernambuco
Após lançar a pré-candidatura do senador Humberto Costa (PT-PE) ao governo de Pernambuco, o PT decidiu manter a aliança com o PSB do atual governador, Paulo Câmara, e apoiar o nome escolhido para a sucessão, que é o de Danilo Cabral (PSB).
A corrida pelo Palácio do Campo das Princesas, no entanto, ganhou um novo nome que representa o campo progressista: o da deputada federal Marília Arraes, que saiu do PT para se filiar ao Solidariedade e concorrer ao governo. Marília garante, apesar da mudança de partido, no entanto, que será a candidata de Lula no estado.
O historiador Jones Manoel, por sua vez, é o candidato escolhido pelo PCB para representar o histórico partido comunista na disputa estadual pernambucana.
Bahia
Após um imbróglio que envolveu a retirada da candidatura do senador Jaques Wagner (PT-BA) ao governo baiano, o PT decidiu oficializar o nome de Jerônimo Rodrigues, atual secretário de Educação do governo de Rui Costa (PT-BA).
Kleber Rosa é apresentado como pré-candidato do PSOL, enquanto o PCB trabalha a pré-candidatura de Giovani Damico.
Espírito Santo
O atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), é candidato à reeleição e vinha sendo colocado como o representante do campo progressista no estado.
Casagrande, no entanto, se colocou contra as intenções de PSB e PT de formar uma federação partidária e já esteve reunido com Sergio Moro (Podemos), o que incomodou a cúpula petista.
Em resposta, o PT apresentou o nome, como pré-candidato ao governo, do senador Fabiano Contarato, recém-filiado ao partido. Espera-se, ainda, no entanto, que PT e PSB acordem um candidato único.
Paraná
No Paraná, o principal representante do campo progressista na disputa ao governo será o ex-governador Roberto Requião, que recentemente se filiou ao PT e contará com o apoio do ex-presidente Lula.
Angela Machado, professora da rede estadual paranaense, por sua vez, é a pré-candidata apresentada pelo PSOL para concorrer ao governo do estado.
Rio Grande do Sul
Os dois principais nomes já colocados para representar o campo progressista na eleição gaúcha são os de Edegar Pretto (PT) e Beto Albuquerque (PSB). Ambas as legendas ainda negociam a possibilidade de entrar em um acordo para lançar candidatura única no estado, mas as conversas podem não avançar e os dois serem adversários.
Em outra ponta, o PSOL lançou a pré-candidatura do vereador Pedro Ruas.
Santa Catarina
Um dos principais redutos bolsonaristas, o estado de Santa Catarina conta, até o momento, com dois nomes do campo progressista que possivelmente serão candidatos: o do ex-prefeito de Blumenau e ex-deputado federal Décio Lima (PT) e do ex-prefeito de Lajes e ex-deputado Fernando Coruja (PDT).
Sergipe
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) e o atual prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira (PDT), são os dois principais nomes do campo progressista que devem disputar o governo do estado. Carvalho, se confirmado como candidato, contará com o apoio de Lula, enquanto Nogueira, naturalmente, será apoiado por Ciro Gomes.
Paraíba
João Azevêdo (PSB), atual governador da Paraíba, tentará a reeleição e é, por enquanto, o nome que representa o campo progressista no estado, com possibilidade de contar com o apoio do PT.
Sua vice-governadora, Lígia Feliciano (PDT), no entanto, também decidiu concorrer e deve dividir votos dos eleitores de esquerda e centro-esquerda.
O PSOL, por sua vez, lançou a pré-candidatura de Adjany Simplicio.
Rio Grande do Norte
Única mulher eleita governadora nas eleições de 2018, Fátima Bezerra (PT) tentará a reeleição no Rio Grande do Norte. A atual mandatária estadual conta com um amplo arco de alianças e representa a principal candidatura do campo progressista entre os potiguar.
Maranhão
Atual vice-governador, Carlos Brandão se filiou ao PSB para concorrer à sucessão de Flávio Dino, do mesmo partido, no Maranhão. Em seu segundo mandato, Dino deve concorrer ao Senado e a expectativa é que Brandão ganhe o apoio do ex-presidente Lula (PT).
O campo progressista maranhense ainda conta com a pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), que é próximo a Dino e Lula.
Piauí
O atual governador do Piauí, Wellington Dias (PT), está em seu segundo mandato e não pode disputar a reeleição. Para a sucessão, indicou o nome de Rafael Fonteles, também do PT, e que hoje representa o principal nome do campo progressista piauiense colocado como pré-candidato.
O PSOL anunciou no fim de 2021 que pretende lançar candidato próprio no Piauí, mas este nome ainda não foi definido.
Ceará
Governado por Camilo Santana (PT), o Ceará terá como candidato do campo progressista algum nome a ser definido pelo PDT, e este candidato ou candidata contará com o apoio do PT. Ambas as legendas mantém aliança no estado.
Até o momento, foram apresentados os nomes, todos pedetistas, de Evandro Leitão, Izolda Cela, Mauro Benevides Filho e Roberto Cláudio.
Amapá
O principal nome do campo progressista que disputaria o governo do Amapá seria o do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar, no entanto, abriu mão da candidatura pois topou ser um dos coordenadores da campanha de Lula (PT) à presidência.
Quando anunciou que trabalhará junto à Lula, Randolfe lançou o nome, como pré-candidato ao governo amapaense, do suplente de deputado federal Lucas Abrahão (Rede).
Ainda no campo progressista, o PSB lançou a pré-candidatura de Piedade Videira.
Pará
No Pará a candidatura que representará o campo progressista deve ser a do PSOL, que detém a prefeitura da capital com Edmilson Rodrigues. A legenda, no entanto, ainda não definiu um nome. As duas opções colocadas, até o momento, são Fernando Carneiro e Silvia Letícia.
Amazonas
O único nome do campo progressista com pré-candidatura já confirmada no Amazonas é o de Carol Braz, do PDT. O PSOL também pretende lançar candidato, e trabalha com os nomes de Jevaldo Silva e Marcelo Amil.
O PSB, por sua vez, cogita lançar para o governo Serafim Corrêa.
Acre
O ex-governador Jorge Viana (PT) tentará voltar ao governo do Acre nas eleições deste ano e representa o nome mais forte do campo progressista no estado.
Já o PSB trabalha, em outra ponta, a candidatura do médico Janilson Leite.
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul tem, até o momento, apenas um representante do campo progressista que se coloca como pré-candidato. Trata-se do ex-governador e ex-deputado federal Zeca do PT.
Tocantins
O ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão (PT), é o principal pré-candidato do campo progressista que deve disputar o governo do Tocantins.
Ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira recentemente trocou o Avante pelo PDT e também se coloca como pré-candidato.
Goiás
Em Goiás apenas o PT, entre os partidos do campo progressista, pretende lançar nome ao governo do estado. Até o momento, os mais cotados são os de Wolmir Amado, ex-reitor da PUC Goiás, e da delegada de polícia e deputada estadual Adriana Accorsi.
Distrito Federal
O PT ainda não definiu candidato para o governo do Distrito Federal, mas dois nomes estão na mesa: o da professora Rosilene Corrêa e do ex-deputado Geraldo Magela.
O PSB, por sua vez, lançou a pré-candidatura de Rafael Parente, enquanto o PSOL trabalha com o nome da conselheira tutelar Keka Bagno.
O PCdoB também apresentou uma pré-candidatura ao governo do DF: João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart.
Rondônia
Partidos de esquerda, centro-esquerda e centro articulam uma frente para lançar candidatura única em Rondônia. Os nomes mais cotados são os do deputado federal Anselmo de Jesus (PT) e do professor Vinicius Miguel (Cidadania).
Já o PSOL lançou de Antônio da Silva, conhecido como Pimenta de Rondônia, como pré-candidato.