Em entrevista na manhã desta terça-feira (22) a uma rádio de Santa Catarina, Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de votos, desmentiu mais uma fake news propagada por Jair Bolsonaro (PL) entre seus apoiadores.
Lula explicou detalhadamente como funciona os aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em países como Cuba e Venezuela, que nada mais são que empréstimos a juros para que esses países contratem empresas brasileiras para desenvolvimento de projetos.
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"O Brasil não seria o que é se não tivesse havido investimentos estrangeiros no início do século. Houve muito financiamento estrangeiro financiado por bancos estrangeiros. O Brasil é o único país do mundo que quando a gente decide fazer um empréstimo para um país para um investimento, esse país é obrigado a contratar uma empresa brasileira. E aí a gente começa a exportar serviços, engenharia", explicou.
O pré-candidato do PT ainda deu cifras do resultado do investimento feito pelo BNDES no porto na cidade cubana de Mariel.
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"O Porto de Mariel, em Cuba, gerou US$ 900 milhões em compras de produtos do Brasil. Além de que os cubanos pagam empréstimo. O Metrô da Venezuela começou com o Fernando Henrique Cardoso e começou corretamente. Da mesma forma que nós recebemos dinheiro emprestado para fazer coisas no Brasil", disse.
Lula ainda comparou o BNDES ao que faz, por exemplo, o Banco Mundial.
"Isso que é o papel de um banco de investimento. Um banco chinês, americano, Banco Mundial, ou seja, empresta dinheiro para o desenvolvimento. No caso do Brasil é o único no mundo que obriga contratação de empresas brasileiras para exportar serviços do Brasil".
O petista ainda alfinetou Bolsonaro, classificando como "ignorância" a disseminação de fake news sobre os empréstimos do BNDES a países em desenvolvimento.
"Esse negócio de achar que é ruim é pura ignorância ou falta de informação. A gente não está tirando dinheiro do brasileiro, porque é um dinheiro que é emprestado com pagamento de juros, ou seja, não tem nenhum problema. Nós investimos em Angola e temos garantia absoluta de receber esse dinheiro por causa do petróleo de Angola. Eu acho uma pena a cabeça de alguns brasileiros, às vezes muito atrasada, em achar que fazer um aporte em um país é um pecado mortal", afirmou.
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