COINCIDÊNCIA?

Polícia Federal de Bolsonaro parte para cima de Alckmin com acusação de caixa 2

Favorito a ser o vice na chapa encabeçada por Lula à presidência, a PF resolveu escolher o ex-tucano como alvo de investigação

Alckmin é a bola da vez.Créditos: José Cruz/Agência Brasil
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Geraldo Alckmin ainda não aceitou oficialmente ser candidato a vice na chapa encabeça pelo ex-presidente Lula (PT), mas já começou a sentir que a pressão será forte. Como um filme já visto, a Polícia Federal (PF) de Jair Bolsonaro (PL) resolveu escolher o ex-tucano como alvo.

O desespero de Bolsonaro com a possibilidade cada vez mais real de ser derrotado pelo petista na eleição presidencial é tanto que a PF partiu para cima de Alckmin.

A polícia resolveu, “coincidentemente”, investigar um suposto pagamento de R$ 3 milhões em caixa 2, feito pela Ecovias, ao ex-governador de São Paulo, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.

A Ecovias é a concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, ligação entre a capital paulista e o litoral.

O recurso usado foi novamente a delação premiada, que já mostrou ser bastante conveniente para o delator.

O acusador em questão é o ex-presidente da Ecovias, Marcelino Rafart de Seras. Ele foi beneficiado por um acordo de não persecução cível homologado pelo Ministério Público (MP) nesta terça (15).

O acordo da empresa com a Promotoria do Patrimônio Público foi fechado em R$ 638 milhões e Seras deverá pagar R$ 12 milhões ao Tesouro.

Ele alega que os valores começaram a ser pagos por intermédio de caixa 2 em 2010. O repasse teria chegado a R$ 1 milhão e sido entregue a Adhemar Ribeiro, cunhado do ex-governador.

O restante teria sido pago em uma operação do ex-tesoureiro de Alckmin, Marcos Monteiro, em 2014.

Outro lado 

Em nota, Geraldo Alckmin negou as acusações e lamentou "que depois de tantos anos, mas em novo ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas". 

Confira a íntegra. 

 

Jean Wyllys questiona: “A ideia é pressionar Alckmin a desistir de ser vive de Lula?”

O pesquisador, jornalista e ex-deputado, Jean Wyllys (PT), foi às redes sociais para comentar o caso.

“A ideia é pressionar Alckmin a desistir de ser vive de Lula? Tipo: se você não desistir, vamos fazer com você o que só fizemos até agora contra Lula: vamos transformar suspeitas e delações suspeitas em ‘escândalo de corrupção’; tudo para favorecer Moro, nosso candidato”, postou.