O inquérito conduzido pela Polícia Federal contra Geraldo Alckmin (sem partido), noticiado nesta quarta-feira (16) pela Folha de S. Paulo, foi arquivado no último dia 10 de março pela Justiça Eleitoral de São Paulo.
A PF apurava um suposto pagamento de R$ 3 milhões em caixa 2 da Ecovias que teria sido feito ao ex-governador em 2010 e 2014, quando disputou eleições. A Ecovias é a concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, ligação entre a capital paulista e o litoral.
A informação sobre o suposto pagamento de propina foi fornecida em delação premiada do ex-presidente da Ecovias, Marcelino Rafart de Seras. Ele foi beneficiado por um acordo de não persecução cível homologado pelo Ministério Público (MP) nesta terça-feira (15).
Segundo o jornal Valor, o Ministério Público Eleitoral pediu o arquivamento da investigação em 24 de fevereiro e a solicitação foi acatada pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. De acordo com a promotoria, o ex-presidente da Ecovias não apresentou evidências materiais para provar as supostas irregularidades e a investigação se deu apenas com base no depoimento do delator.
Alckmin se manifesta
Em nota oficial divulgada na tarde desta quarta-feira (16), Alckmin, que provavelmente será candidato a vice-presidente na chapa liderada por Lula (PT), lamentou a "acusação injusta" em ano eleitoral.
Confira.
"O ex-governador Geraldo Alckmin informa que:
- Não conhece os termos da colaboração, mas sabe que a versão divulgada não é verdadeira; - As suas campanhas eleitorais jamais receberam doações ilegais ou não declaradas;
- Todas as contas foram efetuadas sob fiscalização da Justiça Eleitoral e do próprio MP; - No seu governo, inclusive, ordenou diversas ações contra os interesses de concessionárias, inclusive contra a suposta doadora;
- Lamenta que, depois de tantos anos, mas em novo ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas. - Seguirá prestando contas para a sociedade e para a Justiça, como é dever de todos."