PRINT É ETERNO

Feliciano apaga tuite elogiando filme em que Danilo Gentili é acusado de pedofilia

Bolsonarista, no entanto, esqueceu da máxima das redes e teve print do tuite publicado nos comentários. Feliciano diz que não recorda de ter visto a suposta cena de pedofilia, protagonizada por Fábio Porchat

Marco Feliciano em filme em que Danilo Gentili é acusado de pedofilia.Créditos: Reprodução/Twitter
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Um dos mais ferrenhos defensores do conservadorismo e da pauta dos "bons costumes" entre apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), o deputado Marco Feliciano (PL-SP) comunicou aos seguidores que apagou um tuite de 2017 em que posa ao lado do cartaz do filme "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola", roteirizado por Danilo Gentili e com atuação do humorista Fabio Porchat.

O filme entrou na mira dos bolsonaristas após o deputado André Fernandes (PL) gravar um vídeo acusando o filme de pedofilia devido a uma cena em que o personagem de Porchat tenta abusar dos protagonistas, dois adolescentes.

O caso chegou à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que prometeu abrir uma investigação. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, também disse neste domingo (13) que vai determinar “imediatamente” que a pasta adote providências contra o filme.

"Comunico q apaguei o tuite de 2017 onde elogiei o filme do Danilo Gentili. Confesso q ñ me recordo da cena q faz apologia à pedofilia, devo ter saído p/atender telefone. Se tivesse visto faria o q sempre fiz c/outros filmes, teria denunciado. Ainda dá tempo, tomando providências", publicou Feliciano na manhã desta segunda-feira (14) em suas redes.

No entanto, o parlamentar bolsonarista esqueceu uma máxima das redes: o print é eterno. "Comunico que tenho um print", publicou em seguida um seguidor com a publicação que foi apagada.

Feliciano relatou ainda que conversou com o presidente da bancada evangélica, Sóstenes Cavalcante (União-RJ) e com o ex-senador e também pastor Magno Malta - "que é autoridade no assunto  pedofilia" - antes de tomar a decisão.

O deputado bolsonarista confirma que assistiu ao filme, mas que "não me recordava da cena específica".

"Reitero que não me recordava da cena específica. O filme como um todo é engraçado e foi isso que elogiei. Vendo a cena separada percebi o quão vil ela é a classificação indicativa do filme tem que ser no mínimo 18 anos".