Jair Bolsonaro (PL) fez mais uma de suas declarações querendo "dar uma de machão", mas que não vai levar a lugar nenhum. Nesta quinta-feira (10), após ser ignorado pela Petrobras, que anunciou mais um aumento na gasolina e no diesel, ele afirmou que, “se resolvesse”, daria “murro na mesa” para obrigar a estatal a reduzir os preços dos combustíveis.
“O Brasil é autossuficiente em petróleo. Não precisava estar sofrendo como sofre hoje em dia se não fossem políticas erradas lá de trás. Alguns querem que eu vá lá na Petrobras dar um murro na mesa e resolva. Não é assim. Se resolvesse, até faria. Mas não vai resolver, vai piorar a situação. Estamos devagar, ou na velocidade do possível, buscando alternativas”, disse.
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Novamente, Bolsonaro tirou o corpo fora, afirmando que, apesar de ser o acionista majoritário, não pode interferir na estatal. “Como seria bom se a Petrobras reajustasse segunda ou terça-feira, mas eu não posso interferir na Petrobras, mesmo sendo o acionista majoritário”, justificou.
O reajuste passa a valer a partir desta sexta-feira (11). O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o preço médio vai de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
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A Petrobras justifica a alta justamente por causa da política de dolarização adotada no governo Michel Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro.
“A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil", diz na nota.