Zanin diz que fica feliz por Moro reconhecer a existência de “lawfare”

A perseguição “só não se aplica à própria investigação do agente que a praticou”, postou o advogado do ex-presidente Lula

Cristiano Zanin - Foto: Filipe Araújo
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Cristiano Zanin, um dos advogados do ex-presidente Lula (PT), usou as redes sociais, nesta terça-feira (8), para declarar que gostou de saber que o presidenciável Sergio Moro (Podemos), enfim, reconheceu a existência da prática de “lawfare”, usado de forma contumaz contra Lula pela Lava Jato.

“’Lawfare’ constitui uma ameaça a toda ordem jurídica e à estabilidade democrática. Fico feliz que Sergio Moro finalmente reconheça a existência dessa prática. Ela só não se aplica à própria investigação do agente que a praticou”, postou Zanin.

https://twitter.com/czmartins/status/1491059991453011968

Moro foi declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em ações contra Lula. O ex-juiz, claramente, exerceu “lawfare”, que significa perseguição jurídica, para prender injustamente o ex-presidente e impedi-lo de participar das eleições de 2018.

Porém, agora, Moro está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito dos seus honorários na consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, que atua com recuperação judicial de empresas quebradas pela própria Lava Jato de Moro. Ele alegou que está sendo vítima de “lawfare”.

Moro afirma que houve “erro material” em nota fiscal suspeita

Sergio Moro não quis entrar em detalhes ao ser questionado sobre a nota fiscal referente a um serviço de consultoria prestado ao escritório Alvarez & Marsal, que traz indícios de lavagem de dinheiro, segundo juristas. As notas foram divulgadas por ele próprio após ser pressionado pelo TCU em razão do contrato milionário com a consultoria estadunidense.

Questionado pela jornalista Laryssa Borges, da revista Veja, sobre a divergência no CNPJ apresentado na nota fiscal e o CNPJ que teria contratado o ex-juiz, Moro disse que se trata apenas de um “erro material” na emissão da nota.

Já a Alvarez & Marsal alegou que Moro “teve sua prática originalmente estruturada no Brasil na A&M Consultoria em Engenharia e em seguida foi transferida para A&M Disputas e Investigações”.

O Grupo Prerrogativas exige apuração desse caso em ação movida junto ao deputado federal Rui Falcão (PT-SP) na Procuradoria-Geral da República.