A entrada de bolsonaristas fervorosos no PL, partido ao qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) se filiou recentemente, chegou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Mesmo em meio ao aumento de casos e mortes pela Covid-19, ele encontrou tempo para lançar seu filho a deputado federal pela sigla na Paraíba.
Segundo a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, Antonio Queiroga, conhecido como Queiroguinha, se filiará nas próximas semanas para disputar o cargo.
De olho nas próximas eleições, o partido de Valdemar Costa Neto se abriu para receber candidatos da chamada "ala ideológica" do bolsonarismo. Na última quarta-feira (2), puxaram a fila de filiações o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
O próximo que deve entrar é o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que ficou preso por sete meses após ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
PL reúne acusados de corrupção e tortura
Defensor do combate à corrupção e à criminalidade, o presidente Jair Bolsonaro parece não ter estendido esse discurso ao seu partido político. Depois de rachar com o PSL, ficar meses sem uma sigla e fracassar ao criar a sua própria, Bolsonaro escolheu o PL para concorrer à reeleição em 2022.
O detalhe é que, entre os presidentes regionais que vão organizar o palanque do mandatário Brasil afora, há um condenado a prisão por tortura e envolvidos em lavagem de dinheiro, rachadinhas e corrupção.
Segundo um levantamento feito pelo Estadão, ao menos 18 dos 27 dirigentes foram ou ainda são alvo de algum tipo de investigação. Destes, quatro respondem a processos que se arrastam na Justiça e dois tentam reverter condenações.