Gasolina mais cara à vista? Preço do petróleo dispara e pode passar de US$ 100 o barril

Enquanto Bolsonaro busca justificativa e apela ao Congresso para baixar o preço dos combustíveis, petróleo bate recorde no exterior e pressiona reajuste pela política de preços da Petrobras.

General Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR) Créditos: Alan Santos/PR
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Enquanto Jair Bolsonaro (PL) se esforça para achar uma justificativa para a alta dos combustíveis e apela ao Congresso para buscar uma alternativa de reduzir os preços, o valor do petróleo no mercado internacional disparou e pode ultrapassar US$ 100 o barril.

A alta dos preços do petróleo tipo brent, que atingiu US$ 92,7 (R$ 493) o barril nesta sexta-feira (4), deve impactar diretamente no valor da gasolina e do diesel cobrado nas bombas, já que desde o governo golpista de Michel Temer (MDB), a Petrobras pratica a chamada Política de Paridade Internacional (PPI).

Desde o último aumento - que elevou o preço da gasolina para R$ 8 o litro em alguns estados -, o preço do barril do petróleo teve valorização de 12%. Em um ano, o reajuste já passou dos 50%.

A disparada do preço do barril de petróleo, que atingiu o maior patamar em 7 anos, se dá principalmente pelo boicote da Opep + - grupo de países produtores de petróleo - que resiste em aumentar a produção diante da crescente demanda com o maior controle da pandemia da Covid-19 no mundo.

A organização busca compensar o que teria deixado de ganhar nos últimos dois anos, com a retração da demanda por causa da propagação do coronavírus no mundo.

Além disso, o preço do petróleo subiu pelo temor de um eventual conflito entre a Otan, capitaneada pelos EUA, e Rússia na Ucrânia.

A Rússia é um dos principais fornecedores de gás para diversos países da Europa, como a Alemanha, e um conflito poderia impactar diretamente no fornecimento do combustível.