Em 2021 ocorreu um megavazamento de 223 milhões de CPFs, dentro do conteúdo há informações de cerca de 2,5 mil políticos em atividade, incluindo prefeitos, deputados, senadores e um governador, segundo levantamento feito pelo Tecnoblog.
O vazamento ocorreu em janeiro de 2021 e também foi revelado, à época, que os dados estavam sendo comercializados na deep web e que cada CPF custava, em média, US$ 1.
De acordo com o levantamento feito pelo Tecnoblog, além dos dados de políticos que já são públicos, tais como CPF, bens e outros, há informações sigilosas que constam no arquivo.
Entre os dados dos políticos que constam no tal arquivo, estão endereço residencial, telefone pessoal, CPF dos parentes, score de crédito e dados de aposentadoria do INSS.
Ao todo, 2.578 políticos eleitos em 2018 e 2020 tiveram os seus dados vazados: 169 prefeitos, 185 vice-prefeitos, 2.169 vereadores, 29 deputados estaduais, 20 deputados federais, 4 senadores, 1 vice-governador e 1 governador.
Dados de todos os brasileiros vazados na web são negociados livremente
Na semana passada, foi tornado público o vazamento de dados pessoais de 223 milhões de brasileiros na internet e que eles estavam circulando livremente na deep web e sendo até comercializados. O alerta foi dado pela empresa de segurança digital PSafe e esse pode ser o maior vazamento da história do país.
O número é maior do que o da população brasileira porque há, nesse vazamento, dados de cidadãos mortos também. A lista tem milhões de nomes completos, CPFs e datas de nascimento e, segundo reportagem de Aiuri Rebello, do El País, estava disponível para download gratuito a partir de um fórum de discussão na deep web. Porém, segundo a reportagem, ela foi retirada do fórum de livre acesso na terça-feira, após a repercussão do caso. No entanto, o El País diz que esses dados continuam em negociação na deep web e que, por ora, não há nada de concreto que possa ser feito.
O jornalista entrevistou Marco DeMello, CEO da PSafe. Ele afirmou que o “vazamento é real, confirmada a autenticidade de todos os dados”. Além disso, o especialista alertou que qualquer um que comprar os dados pode fazer diversas transações em nome de outras pessoas, como comprar e vender veículos e imóveis, contrair dívidas, invadir contas bancárias e outros sistemas informatizados.
Diante disso, DeMello alertou: todos os brasileiros devem ficar atentos para movimentações atípicas em suas contas bancárias e cartões de crédito, assim como avisos de cobranças e outras pistas que possam indicar que seu nome possa ter sido utilizado em uma fraude.
Com informações do Tecnoblog