O anúncio de que o deputado federal Danilo Cabral será o candidato a governador de Pernambuco pelo PSB, com apoio do PT, gerou grande incômodo e indignação em parte da militância. O parlamentar era secretário de Planejamento e Gestão do governo pernambucano em 2016, época do farsesco processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, e largou o cargo para reassumir o mandato na Câmara dos Deputados apenas para votar a favor do golpe.
Ao realizar o discurso na tarde de segunda-feira (21), Cabral fez questão de sinalizar positivamente em direção ao PT, que estará no bloco em torno de sua candidatura, e aproveitou para colar seu nome ao do ex-presidente Lula, uma figura que garante muitos votos no estado e sem o qual terá dificuldade para conseguir um mandato ao Palácio do Campo das Princesas.
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PSB fechou apoio
A declaração do prefeito de Recife, João Campos, enfatizando que o PSB será "o primeiro grande partido brasileiro a declarar oficialmente o apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva” encerrou a novela em torno da aliança com o PT nas eleições presidenciais de outubro.
Ao empunhar o microfone durante o ato de lançamento da pré-candidatura do deputado Danilo Cabral (PSB) ao governo do Estado, Campos tinha consciência que suas palavras ecoariam além das divisas de Pernambuco e isolaria de vez a ala que ainda buscava implodir a aliança, comandada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.